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Análise. Pesquisa que dá 14 pontos de vantagem a Lula deixa tastaveando a equipe de Alckmin

Na quarta-feira, Geraldo Alckmin não escondeu sua irritação com a pesquisa do Datafolha, que lhe creditava uma derrota por 12 pontos de diferença, no índice de intenção de votos válidos. Disse não confiar na metodologia do instituto.

Não se sabe, neste momento em que escrevo, o que o candidato tucano falou sobre o levantamento feito pelo Ibope, e divulgado no Jornal Nacional desta quinta, em que a diferença se amplia para 14 pontos, sempre considerando os votos válidos.

A impressão recolhida, porém, junto aos formuladores da campanha de Alckmin, que estavam extremamente otimistas com a repercussão – que lhe fora positiva, na grande mídia – do debate da TV Bandeirantes, no domingo, é que estão todos tontos. Ou tastaveando, para utilizar uma expressão bem gaúcha.

É exatamente essa a sensação notada, pelo que pude perceber, e anotada pelo jornalista Josias de Souza, na análise que fez e publicou em sua página na internet, incluindo também na avaliação a pesquisa feita pelo Vox Populi, que dá vantagem de 10% a Lula. É o texto que passo a reproduzir:

”Alckmistas vão da euforia à tensão em 3 pesquisas

Durou quatro dias e três pesquisas a euforia que tomara conta da campanha de Geraldo Alckmin na noite de domingo. O candidato tucano está de novo às voltas com um adversário quase tão difícil de ser batido quanto Lula: o ceticismo de seus aliados.

Nas pegadas do Datafolha, que identificara a ampliação da vantagem de Lula (56% dos votos válidos) sobre Alckmin (44%) de 8 para 12 pontos, outros dois institutos divulgaram pesquisas nesta quinta. Os números são diferentes. Mas a tendência que esboçam é a mesma.

Pelo Ibope, considerando-se apenas os votos válidos (sem brancos, nulos e indecisos), Lula teria 57% contra 43% de Alckmin –14 pontos de diferença. De acordo com o Vox Populi, Lula (55%) estaria dez pontos à frente de Alckmin (45%).

O que mais desconsola os políticos próximos ao comitê tucano é o fato de que todos contavam com um reinício de campanha mais alvissareiro. Apuradas as urnas, Alckmin (41,64% dos votos) fora ao segundo turno distante apenas sete pontos percentuais de Lula (48,61%). Um desempenho com o qual talvez nem Alckmin sonhasse.

Imaginou-se que, iniciada a segunda rodada, as primeiras mostrariam um Alckmin em ascensão e um Lula em descenso. A expectativa foi tonificada pelo debate de domingo. O que se vê, porém, é a ampliação da vantagem de Lula. Torce-se para que o reinício da propaganda televisiva, nesta quinta, sirva ao menos para estancar a fuga de votos que eram tidos como sólidos – de eleitores mais escolarizadas e de maior renda, por exemplo.

Por ora, prevalece no tucanato a impressão de que, a duas semanas da eleição, não há muito a fazer além de calibrar o discurso da publicidade eletrônica e tentar avançar sobre o eleitorado dos três principais colégios eleitorais: São Paulo, Minas e Rio.

Discute-se, de resto, qual deve ser o timbre da campanha no campo da ética. O receio de tucanos e pefelistas é que o dossiêgate, um trunfo que ajudou a levar Alckmin para o segundo turno, esteja começando a perder fôlego.

A cobrança – “De onde veio o dinheiro?” – será mantida. Mas há dúvidas quanto à eficácia do tema como alavanca eleitoral. A campanha de Lula, de resto, não está imóvel. Vende a tese de que Alckmin ataca porque lhe faltam propostas. Aposta-se que…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/.

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