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Petismo. Militante se manifesta contrariado com a imposição do “silêncio obsequioso”

A propósito da nota “Centralismo. Direção do PT de Santa Maria impõe “silêncio obsequioso” aos militantes”, em que comentava reportagem do Diário de Santa Maria a respeito da decisão da executiva do partido, recebi a seguinte mensagem do jornalista e filiado petista Fritz Nunes. Acompanhe e, ao final, confira um comentariozinho meu:

 

“Ironia do destino

 

Claudemir, foste muito feliz ao cunhar a expressão “silêncio obsequioso” para a decisão tomada pela Executiva petista (nesta quarta), por unanimidade, que proíbe a manifestação “pública” de filiados sobre o processo sucessório (ou sobre a preferência de nomes) em 2008.

 

Na realidade, o termo é resgatado a partir do episódio em que o frei Leonardo Boff, um dos artífices da Teologia da Libertação no Brasil, foi censurado pelo Vaticano, tendo como principal responsável por essa atitude autoritária o então cardeal, braço-direito de João Paulo II, Joseph Ratzinger, que hoje é o papa Bento XVI.

 

É uma decisão, a meu ver, altamente esdrúxula. Primeiro, porque não explica nada. Manifestação pública seria exatamente o que? Seria escrever um artigo num jornal, num site??? Ou o militante também está proibido de manifestar sua preferência numa roda de amigos, tomando um cafezinho, no calçadão, em locais públicos?

 

Sinceramente, não me lembro de episódio semelhante no PT, em que uma cúpula se reúne e impõe a milhares de filiados a sua idéia sobre democracia interna. Pelo que me lembro o direito à livre expressão é garantido na Constituição.

 

Fritz Nunes

Jornalista e filiado ao PT.”

 

COMENTARIOZINHO CLAUDEMIRIANO: nada a opor ao que escreve Fritz, exceto um acréscimo histórico. O PT de Santa Maria já decretou antes a “recomendação” de silêncio obsequioso. Sua destinatária, em meio ao primeiro mandato do prefeito Valdeci Oliveira, foi a então vereadora Circe Rocha – que cobrava, publicamente, da tribuna da Câmara providências e procedimentos da administração municipal e do partido. Houve, antes ainda, outro silêncio obsequioso. Mas este fruto do interesse das próprias partes. Foi quando da ronha pública envolvendo os deputados Marcos Rolim e Paulo Pimenta, no início dos anos 2000.

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