Artigos

A conciliação como ferramenta do exercício politico – por Roberto Fantinel

‘É tênue o limite entre defesa intransigente do que acreditamos e o radicalismo’

Quando a gente é jovem e entra para a política, a gente tem o sonho de mudar de mundo. A força da juventude, somada ao desprendimento e a coragem de enfrentar o que vier pela frente nos coloca, muitas vezes, em situações de vida “normal”, ou seja, aquela que não está diretamente ligada à política nos permitiria.

Um exemplo disso é a convivência que tive com o governador do Estado José Ivo Sartori. Um piá que todos os dias trabalhava ao lado daquele que era a figura mais importante do Estado.

Afora o lado bom, a escola de fazer política na juventude, a depender das escolhas que fazemos, nos coloca muito próximos do extremo. É tênue o limite entre a defesa intransigente do que acreditamos e o radicalismo. É muito tênue. Confesso que não foram poucas as vezes em que deixei a emoção falar mais alto e caí na armadilha do extremismo.

Mas os arroubos passam e cedem espaço – logicamente para aqueles que amadurecem – à convergência, ao diálogo, à conciliação. E nestes anos de estrada, somando o que aprendi com os ímpetos da juventude partidária, com a convivência com Sartori e os que compuseram seu governo e, hoje, na Assembleia, posso dizer com certeza que a convergência é peça fundamental para o desenvolvimento do Rio Grande, das cidades e do País. A responsabilidade de quem exerce um cargo público, seja eletivo ou não, é ímpar. Porque tudo o que fazemos gera impacto na sociedade.

Escrevo sobre isso porque a pandemia reforça a importância da conciliação de ideias, objetivos e rumos. Se queremos de fato vencer a pandemia, salvar vidas, incentivar a recuperação econômica e alavancar a geração de emprego e renda, então precisamos todos caminharmos no mesmo sentido.

O pós-pandemia virá, cedo ou tarde, e dependerá de cada um de nós, especialmente dos agentes públicos, o seu desenrolar. Eu espero que a gente plante hoje conciliação, para que logo ali na frente, a gente colha o que é o melhor para gaúchas e gaúchos.

(*) Roberto Fantinel é deputado estadual pelo MDB. Oriundo de Dona Francisca, onde foi vereador, é ex-presidente da Juventude do MDB/RS, integrante do Diretório Municipal do MDB/SM e ex-assessor do governo gaúcho, na gestão de José Ivo Sartori. Ele escreve no site, semanalmente, aos sábados.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

3 Comentários

  1. Quem passou na calçada de um curso de negociação (pessoal de gestão obviamente, não políticos) sabe o que é BATNA (quem teve a pachorra de abrir o livro certo também). ‘Best Alternative To a Negotiated Agreement’. Em português: ‘se o acordo não for alcançado qual a melhor alternativa?’. O motivo da observação? Ambiente de negociação (que os políticos gostam muito para dividir responsabilidade), todos cedem um pouco para que alguma modificação aconteça ainda que com resultados indeterminados, praticamente não existe. Não há alteração visivel no horizonte. As coisas não podem ficar paradas. Explicações não são justificativas.

  2. Convergência, dialogo, conciliação e Ursinhos Carinhosos.
    Sim, tudo o que um ocupante de cargo público faz tem impacto na sociedade. Por isto que o RS está quebrado quase ao ponto de não ter recuperação. Discursos estéreis e cheios de palavras bonitas, gumex no cabelo e ternos de 5 mil reais nunca faltaram. Exortações também não. Grana para a mídia fazer propaganda idem.

  3. ‘Sonho de mudar o mundo’, obviamente, é um lugar comum. Coisa de quem não sabe o tamanho que o mundo tem. Não é algo necessariamente ‘bom’, Hitler também queria mudar o mundo. E Stalin. Deu no que deu.
    Também não foi só convivência com o Gringo. Assessor parlamentar em BSB, três anos. Camara técnica (???), avaliador, fundo de incentivo ao esporte (???). Conselho fiscal dos Armazens Gerais´(graduação é sociologia). Assessor do Governo Estadual. Chefe de Divisão na Casa Civil estadual. Carreira típica de um politico tradicional. É mudar o mundo e ganhar uns pilas no processo. Lembra alguns causídicos por aí, passaralho na faculdade, magistério em suspenso; escritórios matando cachorro a grito. O que acontece? O despertar da militância por causas ‘sociais’. No mínimo um pouco de publicidade a mais é conseguida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo