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Parlamento. É impressionante o empenho dos deputados para desmoralizar a instituição

Noticiou-se no final de semana que há três vereadores de Santa Maria em viagem para Taquarembó, no Uruguai. Eles participam, lá, do encerramento da “Festa de la Pátria Gaúcha”. E foram, segundo o noticiário, acompanhados de três profissionais da TV Câmara – para a realização de um programa especial.

 

Para quem não sabe, ou já esqueceu, além das diárias (e o projeto que disciplina a participação de edis em congressos e similares, de Cláudio Rosa, como elogiei aqui, tem escassas, para não dizer nulas, chances de aprovação), os vereadores têm franquia de telefone, correio e combustível. Tudo para melhor exercer o mandato, para o qual recebem também um salário superior a R$ 4 mil.

 

Mas, como condenar os nossos parlamentares, se em outras paragens a situação é semelhante, ou até pior? Uma reportagem (veja, no fim do texto, as sugestões de leitura) do G1, o portal de notícias da Globo, dá conta das chamadas verbas indenizatórias ou de gabinete. Ou ambas.

Chega a arrepiar. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, deputados têm têm direito a R$ 15 mil de verba indenizatória e R$ 50.815 para contratação de assessores para o gabinete – perto de R$ 66 mil, no total. E já se articula um aumento de 28% nesse segundo item, com o que a soma passaria de R$ 80 mil.

Demais, né? Nem tanto, se considerar-se que os valores são inferiores aos que recebem os edis estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal (nesse último caso, deputados distritais).

E tem também outros Estados, o Rio Grande do Sul incluído, em que há esse tipo de verba. No caso gaúcho, são dois os limites para a verba de gabinete. Se o deputado contratar nove assessores, pode gastarR$ 34,5 mil para isso. Mas, se optar por 15 funcionários em cargos de confiança, o valor sobe para R$ 36,5 mil. Quem decide é o parlamentar.

Diante de tudo isso, como exigir respeito pela população? Hein? Em todo caso, nunca canso de reafirmar, apesar do protesto de meus amigos: seria muuuuito pior, sem parlamento. Ou, por outra, temos que lugar para que a instituição, como tal, seja preservada. Apesar de seus ocupantes – que, nunca é demais esquecer, são eleitos por mim, por você, por nós. E ponto.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – leia aqui a reportagem “Assembléias de SP e DF pagam a maior verba”, de André Luis Nery, da sucursal paulista do G1, o portal de notícias da Globo.

E confira aqui as verbas dos deputados por estado, também em texto publicado no G1.

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