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TRABALHO. Serviço público do Rio Grande do Sul perde 30 mil trabalhadores em 6 anos, diz pesquisa

São quase 20% do total verificado em 2012. Eram 153 mil; agora são 123 mil

Em 2015, RS tinha 4.547 servidores na ativa na área da saúde. Em 2021, número caiu para 3.219 (foto Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Do jornal eletrônico SUL21, com informações do “Brasil de Fato” e da Assessoria do Sintergs

Sexto estado mais populoso do país, o Rio Grande do Sul teve, nos últimos 6 anos, uma redução de 19,7% no número de servidores do poder Executivo. O quadro de pessoal caiu de 153.040 trabalhadores ativos em 2015 para 122.852 em 2021.

Em contrapartida, a população do estado que era de 11,175 milhões habitantes em 2015 cresceu para 11,442 milhões em 2020. Os dados são de estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) a pedido do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs).

De acordo com a pesquisa, o Brasil possui relativamente menos trabalhadores(as) em serviços públicos que países como Suécia (28,8%), França (21,9%), Canadá (19,4%), Espanha (15,3%), Itália (13,4%) e até menos que os Estados Unidos, país de tradição liberal, aonde 15,2% dos(as) trabalhadores(as) atuam no serviço público. Ou menos que os vizinhos latino-americanos, Argentina e Uruguai, que possuem 17,2% e 15% de seus(uas) trabalhadores(as) no serviço público, respectivamente.

Conforme aponta o estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em outubro de 2020, somente 12,5% dos trabalhadores brasileiros estão no setor público. Entre os países membros da organização, que estão entre os mais desenvolvidos do mundo, 21,1% dos trabalhadores estão no setor público.

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O número de pessoas contratadas para o setor público em relação ao conjunto da população é um meio de compreender a evolução da demanda e da oferta de serviços, explica a economista Anelise Manganelli, do Dieese. “O governo não está repondo trabalhadores que estão indo para a inatividade e outros que estão abandonando o Estado. A precarização das condições de trabalho para os que ficam poderá inviabilizar a entrega do serviço público”, comenta.

Ainda segundo o levantamento o percentual de pessoas na burocracia pública dos estados, em 2019, varia do mínimo de 0,64%, na Bahia, e 5%, no caso de Amapá. O Rio Grande do Sul (1,37%) está abaixo da média nacional (1,64%).

“São 247 mil pessoas a mais para serem atendidas com 30.188 servidores a menos”, ressalta Antonio Augusto Medeiros, presidente do Sintergs. “Além de comprometer a prestação de serviços para a população, a redução de pessoal impõe sobrecarga aos servidores da ativa”, acrescenta Medeiros. O motivo é a falta de concurso para reposição de pessoal, já que muitos se aposentaram e outros desistiram da carreira do Estado.

Entre os servidores da saúde, a redução é ainda mais expressiva. Em 2015, o RS tinha 4.547 servidores na ativa. Em 2021, este número caiu para 3.219. Em números absolutos, são 1.328 pessoas a menos, o que significa uma queda de 29,2%. “Esta situação é alarmante, ainda mais em tempos de pandemia. A demanda por trabalhadores desta área só aumenta e muitos têm trabalhado além da carga normal”, pondera o dirigente.

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