Reproduzido do jornal Correio do Povo / Texto de Flavia Bemfica (*)
Faltando pouco mais de 15 meses para as eleições gerais de 2022, o PP gaúcho decidiu se antecipar, e oficializa nesta segunda-feira o nome do senador Luis Carlos Heinze como pré-candidato do partido ao governo do Estado. Na manhã desta segunda-feira, o presidente do diretório do RS, Celso Bernardi, e as bancadas federal e estadual participaram de uma reunião com Heinze no Hotel Embaixador, no Centro da Capital.
Eles entregaram ao senador uma carta assinada por parlamentares e lideranças e movimentos partidários na qual solicitam que ele seja candidato, atendendo ao que definem como “um pedido das bases”. Heinze, que já se apresenta como pré-candidato ao governo, aceita o pedido publicamente. Na sequência, estava previsto um almoço e, à tarde, os participantes da reunião teriam agenda com o governador Eduardo Leite (PSDB), no Piratini, para comunicar sobre a oficialização da pré-candidatura.
No entendimento dos caciques do PP, não há mais motivos para aguardar, já que o nome de Heinze para o governo seria unanimidade dentro do partido, e o desejo da militância é colocar a pré-campanha na rua (os pré-candidatos só se tornam candidatos oficialmente após as convenções partidárias que ocorrerão em 2022).
Com o movimento, o PP não apenas se torna a primeira sigla a ‘oficializar’ o nome do pré-candidato ao Piratini, como estabelece uma espécie de linha divisória sobre sua participação e tamanho na gestão Leite. O governador pleiteia a indicação da própria legenda, o PSDB, para se tornar candidato à presidência da República. Enquanto o PP, ao encerrar qualquer dúvida que ainda pudesse existir sobre o destino de Heinze, deixa claro também que, na corrida presidencial, estará junto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em sua tentativa de reeleição.
O PP gaúcho também quer definir bem antes das convenções, ainda neste ano, a chapa completa da majoritária, e mantém negociações avançadas com o DEM. O nome que vem ganhando força nas articulações para ocupar a vaga de vice de Heinze é o da vereadora Nadia Gerhard (DEM). Se a aliança se concretizar, o ministro Onyx Lorenzoni (DEM), cotado para disputar o governo ou o Senado, tende a concorrer de fato à reeleição para a Câmara Federal.
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No caso da vaga do Senado, se não precisar cedê-la para um aliado, o PP apresenta hoje dois nomes dispostos a ocupar o espaço: a secretária estadual de Relações Federativas e Internacionais, Ana Amélia Lemos, e o deputado federal Jerônimo Goergen.
O entendimento, no cenário atual, é de que, caso Ana Amélia frustre as expectativas daqueles que apostam em sua migração para o PSDB, ela e Goergen acabem disputando a indicação interna no voto. O deputado já avisou que sua pretensão não será ‘empecilho’ para a concretização de uma aliança. Mas ressalvou que, caso a definição se dê dentro do PP, vai manter seu nome para a votação interna.
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(*) O texto original passou por adequação cronológica.
Primeiro de meia dúzia. E para o Senado falam em 10.