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Empresa Familiar (1): propriedade e gestão – por Carlos Costabeber

O tema Empresa Familiar me fascina, pois ao passar com sucesso por duas cisões familiares, me tornei um estudioso do assunto.

Quando na Direção da ABRADIF (Associação Brasileira dos Distribuidores Ford), criei, ainda na década de 80, a Comissão Nacional dos Jovens Dirigentes. Foi uma iniciativa pioneira no ramo automobilístico brasileiro, e que objetivava preparar os sucessores da rede Ford para assumirem os negócios da familia no futuro.

A iniciativa me proporcionou uma experiência fantástica, pois convivi durante alguns anos com o melhor profissional que existe no Brasil, o gaúcho Renato Bernhoeft. Aliás, cheguei a trazê-lo à Santa Maria, quando presidia a CACISM.

Outro motivo para tratar do assunto foi quando descobri uma placa lá na sede da CDL, citando as empresas fundadoras daquela entidade, e que eram na época (anos 70), as maiores expressões do comércio de Santa Maria: Casa Lang, Ferragem Santa Maria, Irmãos Ugalde, Casa Oreste, Troian, Pereyron, Casa Masson, Livraria Dania, Central de Máquinas, Ruy Ramos, Elegância Feminina, Stoever, Casas Roth, Farmácias Rizzatto, Casa Cristal, Casa Vera Maria, Casa Macedo, Eny Calçados, entre tantos.

Bom, passados esses anos, de todas aquelas empresas expoentes do comércio local, restaram apenas duas: Eny e Casa Macedo.

Que loucura !!!!

Quando fui Presidente da CDL, iniciei um estudo sobre o caso, e cheguei a uma conclusão inquestionável: as empresas desapareceram, antes de tudo, por problemas com a sucessão familiar. Naquela época, os filhos dos comerciantes não queriam saber dos negócios da família, pois as profissões liberais davam mais status (e até dinheiro): Medicina, Engenharia, Odontologia, Farmácia, Direito. Assim, daquela geração, apenas o Augusto Manica e eu seguimos à frente dos negócios de nossos pais.

Hoje a coisa mudou bastante, até porque, as profissões liberais não têm mais aquele apelo de antes, e a gurizada prefere trabalhar na própria empresa da família.

Por ser um tema quentissimo, vou usar esse espaço para alguns comentários bem práticos e objetivos, tentando dar uma contribuição para a sobrevivência das nossas empresas familiares.

Na próxima semana, abordarei o tripé básico para sucesso ou fracasso de uma empresa familiar: a divisão entre o que é Gestão, Patrimônio e Familia.

Até lá !!!

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