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O telescópio de Kubrick – por Bianca Zasso

Filmes de ficção científica costumam ser um prato cheio para o escapismo. Por mais que tenha um pé na realidade, utilizando como base tecnologias que fazem parte do nosso cotidiano, o gênero nos presenteia com um futuro cheio de aventura, perigos e alguns monstros. Calmaria não é a palavra-chave na ficção científica que usa seus experimentos para tirar o fôlego do expectador das mais variadas maneiras.

A evolução dos efeitos especiais, em especial a computação gráfica, permitiu ao público conhecer outras galáxias e conviver com alienígenas, tudo permeado por algumas lutas. Mas nunca o espaço sideral hipnotizou tanto a humanidade como em 2001: Uma odisseia no espaço.

Basta dizer o nome Stanley Kubrick e o primeiro filme que vem a mente é Laranja Mecânica. O clássico sobre rebeldia, que rompeu com todas as regras da censura vigente na época, merece a lembrança por ser o precursor de produções intensas como Funny Games, do diretor Michael Haneke.

Porém, 2001: Uma odisseia no espaço enaltece um dos mais importantes talentos de Kubrick: a capacidade de criar grandes imagens.  Numa das cenas mais icônicas do longa, um osso ganha os céus e transforma-se em uma plataforma orbital. Milênios se passaram em apenas alguns segundos. Nessa que é uma das mais belas elipses já feitas no cinema, Kubrick nos prepara para conhecermos um mundo novo, porém muito familiar. O monólito negro, uma espécie de protagonista do filme, que acompanha a humanidade desde a sua criação, percorre as eras “observando” as criações do homem e também de seres extraterrestres.

Nas mãos de qualquer outro diretor, 2001 seria mais um filme sobre robôs e naves espaciais. Só que Stanley Kubrick seguiu a regra primordial do cinema, que é contar histórias por meio de imagens, e recheou a tela com estrelas, cometas, luzes e cores únicas. Tudo isso acompanhado de uma trilha sonora composta por grandes criações da música clássica, como “Assim falou Zaratustra”, de Richard Strauss.

O escritor especialista em ficção científica Arthur C. Clarke criou o roteiro em parceria com Kubrick e suas detalhistas descrições do espaço foram transformadas em obras de arte.. Mas nem só de brincar de telescópio se faz o filme de Kubrick. HAL, o computador-vilão do filme, causa pânico na plateia sem ter feições. É apenas uma luz e uma voz. Uma máquina que se revolta contra seus criadores e resolve dar fim a uma expedição espacial. O tema de seres robóticos com sentimentos voltaria a ser revisitado por Kubrick no roteiro de A.I.  – Inteligência Artificial, que Steven Spielberg levou as telas em…, após a morte do diretor.

O comentário mais freqüente de quem assiste 2001: Uma odisseia no espaço pela primeira vez é dizer que não entendeu o final. Não se sabe se ele é aberto ou se há algum significado por trás da belíssima cena de encerramento.  Mesmo não entendendo muito bem o que se passou durante as mais de duas horas de exibição, o espectador não fica indiferente às imagens do filme. É quase como a sensação de passar um bom tempo observando o céu por meio de um telescópio. A gente se encanta e não consegue explicar muito bem o que viu. E o telescópio de Kubrick é bem sofisticado. Nos dá cenas inesquecíveis, alguns sustos e dilata nossas pupilas como poucos.

2001: Uma odisseia no espaço (2001: A space odyssey)

Ano: 1968

Direção: Stanley Kubrick

Disponível em DVD e Blu-Ray

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