Ainda vivemos reflexos positivos da Olimpíada de Tóquio – por Roberto Fantinel

Nada é mais marcante para um atleta do que a singela combinação de um título, um pódio e uma medalha. Foi com esse trio que vibramos incansavelmente durante a Olímpiada de Tóquio e, pela primeira vez, depois do caos pandêmico, nos emocionamos ao assistir a vitória do skate brasileiro. Justamente uma das modalidades mais marginalizadas pelo nosso país.

Aos treze anos de idade, Rayssa Leal, a “fadinha do skate”, deu um show na pista e na mensagem que fez questão de passar a nós, políticos brasileiros. O esporte tem um papel sócio-político fundamental para o crescimento e a valorização dos nossos jovens. Precisamos olhar para o tema com mais atenção e sensibilidade.

Assim como o skate, o surfe também era considerado um esporte à margem. E foi em Tóquio que o potiguar Ítalo Ferreira representou muito bem o Brasil e conquistou a primeira medalha de ouro na modalidade. E por que enfatizar tanto que Tóquio 2020 é diversa e histórica? Porque quando algo forma, educa, provoca, transformando valores e atitudes de qualquer pessoa, já registra o seu papel sócio político.

O esporte reflete o retrato da nossa sociedade e são nas pequenas conquistas, na música rotulada da “favela”, que se constrói a composição de uma apresentação livre para demonstrar sua força, na coragem de cobrir um slogan de patrocinador que não te representa, é que o esporte assume sua posição transformadora. O esporte é muito mais que um entretenimento. O esporte é um dos caminhos para transformarmos o futuro.

(*) Roberto Fantinel é deputado estadual pelo MDB. Oriundo de Dona Francisca, onde foi vereador, é ex-presidente da Juventude do MDB/RS, integrante do Diretório Municipal do MDB/SM e ex-assessor do governo gaúcho, na gestão de José Ivo Sartori. Ele escreve no site, semanalmente, aos sábados. 

Nota do Editor. A foto (sem autoria determinada) de Ítalo Ferreira, medalhista de Prata na Olimpíada de Tóquio, é uma reprodução obtida na internet.