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ESTADO. Leite diz que continuará as privatizações, mas venda do Banrisul não está ainda em cogitação

Governador cita Lula para defender não pagamento de dia parado na Corsan

Leite definirá com direção da Corsan sobre pagamento dos servidores que paralisaram nesta terça (Foto Itamar Aguiar/Palácio Piratini)

Das Redações do Correio do Povo e da Radio Guaíba

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, concedeu entrevista nesta terça-feira ao programa Agora, da Rádio Guaíba, e falou sobre a paralisação dos funcionários da Companhia Rio-Grandense de Saneamento (Corsan) para que a empresa de água e saneamento se mantenha pública e também sobre as privatizações que devem ocorrer até o final do seu mandato. Leite destacou que não pretende realizar a venda do Banrisul, mas alertou sobre a importância da sociedade gaúcha discutir o futuro do banco.

“O nosso governo não encaminhará a privatização do Banrisul, embora seja uma tema que mereça ser discutido nos próximos anos. O Rio Grande do Sul precisa estar com disposição de analisar a mudança dos tempos. Estamos vendo uma mudança do sistema financeiro e bancário muito rápido. Mesmo os bancos tradicionais estão revendo as linhas de trabalho, caminhos e reposicionamento por conta do que a tecnologia vai rompendo com os intermediários físicos, vamos dizer assim. O grande ativo do Banrisul era ter uma agência em cada município do Rio Grande do Sul e isso se torna menos relevantes nos dias atuais, diante da tecnologia acaba proporcionando”, declarou.

Um dos motivos do entendimento é a sensibilidade do tema diante da eleição para governador do Estado que ocorrerá em 2022. “Nós priorizamos as privatizações da companhia de engenharia elétrica, da companhia de gás e também o encaminhamento da discussão da companhia de saneamento. Sabedores que temos uma janela de oportunidade da discussão política e que ela vai se esgotando, conforme vai se aproximando do processo eleitoral, torna o debate mais sensível e difícil de avançar”, afirmou.

Paralisação dos servidores da Corsan

Nestas terça-feira, os servidores da Corsan realizaram um dia de paralisação em protesto contra a venda da empresa para a iniciativa privada. Na entrevista, Eduardo Leite voltou a defender a privatização da Corsan para melhorar a eficiência da empresa estatal. “Estamos em um processo de discussão de como viabilizar melhores serviços de saneamento para a população. Infelizmente, o que temos no Estado é um quadro de atendimento de serviços da Corsan muito aquém do nosso perfil socioeconômico, cerca de 20% de coleta e tratamento de esgoto nos municípios atendimento pela empresa, mesmo com uma das tarifas mais altas do Brasil. Isso é sintomático e se dá em função de uma ineficiência que se constituiu para a prestação de serviço no Rio Grande do Sul. Enquanto outros estados tem até 70% de coleta e tratamento de esgoto”, disse.

Leite pretende levar à direção da Corsan o tema da paralisação dos servidores, mas defende o não pagamento do dia não trabalhado. “É legítimo que se faça qualquer manifestação, dentro da lei, mas paralisação ou greve, como dizia o ex-presidente Lula, para citar um grande líder sindicalista do país: ‘greve ou paralisação não é férias’. Se não trabalhou, não se paga. Assim que tem que ser”, afirmou.

O governador ainda lembrou que o governo seguirá com as privatizações da infraestrutura do Estado, como as estradas. “As privatizações melhoram a performance pelo ganho de eficiência com a iniciativa privada. O Estado passa a trabalhar mais como fiscalizador, por isso, temos encaminhado privatizações na área de infraestrutura, especialmente, a rodoviária, para melhorar a qualidade da logística do Estado e dar melhor condição para escoar a produção. Projetamos mais de mil quilômetros de concessões rodoviárias que vamos fazer até o fim do ano”, disse.

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