CPI DA KISS. Familiares das vítimas pressionam e querem ver Cezar Schirmer no banco dos depoentes
Foi uma reunião em que não faltaram pressões sobre os governistas – que, por sinal, controlam a Comissão Parlamentar de Inquérito. No entanto, foi a oposição, via Werner Rempel, e a Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da tragédia, por seus advogado e presidente, que protagonizou o encontro desta terça, no plenário do parlamento da comuna.
De um lado, uma manifestação de Adherbal Ferreira. De outro, os questionamentos de Rempel ao secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Miguel Passini. E, no final, um requerimento que tem tudo para ser polêmico, na CPI da Kiss: a associação, por seu advogado, quer colher odepoimento do prefeito Cezar Schirmer. E também dos dois sócios da boate, Mauro Hoffmann e Elizandro Spohr.
Têm as suas razões, por certo, afinal querem ver tudo bem esclarecido. Mais informações sobre o encontro, no Legislativo, chegam através do relato de Luiz Roese, publicado no portal Terra. A foto é de Rúbia Keller, da assessoria de imprensa da Câmara.
E, lá embaixo, ‘links’ também para outras versões da reunião da CPI (das assessorias de imprensa do Legislativo e da Seção Sindical dos Docentes da UFSM – em que há uma informação adicional acerca da assessoria técnica a ser prestada à Comissão). Acompanhe:
“CPI da Boate Kiss deve ouvir o prefeito de Santa Maria…
…A Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) resolveu colocar pressão na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores que investiga o incêndio na Boate Kiss, que vitimou 241 pessoas em janeiro. Na manhã desta terça-feira, o advogado da associação, Jonas Espig Stecca, fez um requerimento pedindo que sejam ouvidos na CPI o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), e os sócios da boate Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann.
No início da reunião de hoje da CPI, o presidente da associação, Adherbal Ferreira, já tinha dado o seu recado aos vereadores ao ler um texto de sua autoria. Ele cobrou respostas dos integrantes das CPI. “O povo já está conhecendo quais poderiam não ocupar mais os cargos eletivos. Então, digo para o bem de toda a população, e principalmente por nós (pais): verifiquem muito bem que são os culpados e apontem. Munição e fatos já existem em suas mãos, conforme indicações policiais”, discursou Ferreira.
“Se esta CPI não apurar absolutamente nada, estará assinando o próprio atestado de inoperância do sistema”, completou ele. Logo depois do pronunciamento, a presidente da CPI, vereadora Maria de Lourdes Castro (PMDB), destacou que a comissão está trabalhando para averiguar fatos que contribuíram para a tragédia. “O que compete ao Legislativo está sendo feito de maneira muito clara”, observou.
O primeiro depoimento do dia foi do secretário de Controle e Mobilidade Urbana de Santa Maria, Miguel Passini, titular da pasta desde abril de 2012. Ele não respondeu à maioria das questões, informando que a liberação de alvará de localização é de competência da Secretaria de Finanças.
O vereador Werner Rempel (PPL), líder da oposição, leu trecho da manifestação do fiscal Ricardo Bieri à Polícia Civil, em que o servidor informou ter apresentado ofício ao secretário, sugerindo ações integradas de fiscalização, mas não obteve resposta.
Passini informou que o ofício do servidor foi bastante genérico. Rempel, após declarar ter certeza de que a boate não possuía certificado de conclusão de reforma, questionou se não sentiu a necessidade de fiscalizar a boate. Passini informou que não sabia da reforma e que, por isso, não pode responder ao questionamento…”
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Vou responder o Sr. Jairo, vão se sair bem e vão se eleger novamente, pois isso é como disse o Ex. governador Colares, isso e como dor de parto com o tempo passa e o povo esquece.
Senhores
A senhora Elizabeth realmente não falou que existiria um funcionário da prefeitura para fiscalizar exata e especificamente a reforma da Kiss.
O que eu entendi que ela falou, e isto está gravado, é que o CREA fiscaliza se há um responsável técnico pela obra (reforma inclusive) ou não. Isto em todas as obras da cidade. E que existia na época um convênio entre o CREA e a prefeitura para que um funcionário desta, fizesse este tipo de fiscalização. Ora, a questão é saber se na reforma da Kiss houve um responsável técnico, o que denotaria que a obra estava regular.
Todos sabemos que não havia responsável técnico. E que a obra foi irregular. Portanto, didaticamente, não havia aquela “plaquinha” do CREA em frente ao estabelecimento. Esta é a fiscalização que cabia (por convênio) a um fiscal da prefeitura. Foi assim que entendi.
E mais, sobre o documento com os vinte e nove apontamentos do arquiteto, ela deu informação altamente relevante. O que coloca cada vez mais os governistas da CPI numa sinuca de bico.
Senhores!
Li o release disponível no portal da Câmara de Vereadores de Santa Maria sobre os depoimentos acima mencionados. Tem duas observações que gostaria de fazer:
1 – referente ao relato da engenheira Elizabeth Trindade Moreira, a mesma mencionou que “existia um servidor da prefeitura (portador de uma senha) com acesso a todos os relatórios de fiscalização. Conforme a depoente, especialistas do CREA realizaram avaliação da boate e apontaram falhas que contribuíram para a tragédia”. Salvo engano, Elizabeth não mencionou que um servidor seria o responsável em fiscalizar a reforma da Kiss.
2 – Agora, o que considero grave são as declaracões do secretário Miguel Passini, titular da pasta de Mobilidade Urbana. Questionado por um vereador, que fez referência ao depoimento de Fabiana Copetti, em que ela informou ter entregado cópia da totalidade dos documentos da boate numa sala em que estavam, além do secretário, a procuradora jurídica Anny Desconzi e o engenheiro Marcos, o secretário esclareceu que a servidora deixou as cópias na mesa da procuradora. Inclusive declarou que nem tocou nos documentos. Afinal, para esclarecer quem ocultou os documentos que comprovariam os apontamentos do arquiteto sobre irregularidades na Kiss seria interessante colocar frente a frente (acareação) os secretáriaos e o engenheiro Marcos para verificar quem está mentindo. Ora, se estavam os três na sala (Passini, Anny e Marcos), e dois destes Passini e Marcos negam ter tirado documentos da pasta parece óbvio que estão indicando a procuradpra Anny como responsável pela ocultação dos documentos.
A partir de hoje,01 de Maio ele começa seu governo,senhor Jairo.Por isso eu acho que ele não esqueceu que é o prefeito de nossa cidade.
Sr. FErraz, concordo com sua impressão da sra. Elisabeth Trindade. Imagino esta sra. como presidente ou relatora da CPI. Nossas duas vereadoras deveriam se espelhar na atitude dela.
Já o Pasini, coitado, mais quieto que guri… que fez coisa errada.
Eu colocaria esta adjunta como titular da Pasta de Controle e Mob urbana… sao depoimentos simples e sérios que resgatam a esperança na cidade.
Existe gente que sabe como fazer certo, que quer fazer certo… o problema é que são abafados.
Vamos atrás da tal pessoa que tem a senha do CREA… quem é?
Fico a imaginar o que não fariam de estragos os dois donos da boate depondo na CPI. Eles já estão ralados mesmo. Será que eles aceitariam se ralar sozinhos? Grande sacada da Associação ao sugerir estes depoimentos.
Pela primeira vez, ontem, consegui assistir pessoalmente alguns depoimentos. Cheguei já no final da fala do Passini. Tchê, o cara estava num nervosismo típico de quem não tem o que explicar, faltava-lhe argumento e ele tentava ganhar no grito.
Mas tirei o chapéu para o depoimento da Secretária Adjunta de Habitação, senhora Elisabeth Trindade, engenheira.
Muitos detalhes importantes. Uma informação bombástica diz respeito que vários prédios no centro da cidade estão ainda hoje com documentação irregular. Conclusão minha é que talvez estejam esperando mais algumas mortes.
Disse a engenheira também que há um funcionário na prefeitura que tem acesso, com senha, ao sistema de fiscalização do CREA, e que através de um convênio, este funcionário seria o responsável por fiscalizar a reforma da kiss.
Esta senhora deu um depoimento de cidadã e não de CC da prefeitura. Temo, a partir do seu depoimento, pela sua sequencia na pasta da Habitação.
Mas que fria entrou esta CPI heim? Agora eu quero ver como vão se safar deste imbróglio, é pressão por todo lado e a Vereadora Maria de Lourdes não vai poder tapar o sol com peneira, alias este era o objetivo da CPI da farsa. O tiro saiu pela culatra.
Prefeito vai dizer: nada sei sobre nenhum assunto. Alias, sera mesmo que eu sou prefeito?