Por Maiquel Rosauro
Hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina ainda são adquiridos por municípios gaúchos para tratar covid-19. Apenas este ano, três Prefeituras da região Central destinaram R$ 114.685 para comprar medicação sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus.
Conforme dados da plataforma Tá de Pé Compras Emergenciais (AQUI), São Francisco de Assis destinou R$ 64,5 mil para aquisição dos remédios; Júlio de Castilhos, R$ 44.702,00 e Dona Francisca R$ 5.483,00.
Chama atenção o fato de São Francisco de Assis, cuja população estimada é de 18.081 pessoas, ter adquirido 50 mil comprimidos de 500mg de azitromicina. Ou seja, são 2,7 comprimidos do antibiótico por habitante. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (AQUI), o município registrou, desde o início da pandemia, 1.811 casos de covid-19 e 33 óbitos.
Em 2020, seis municípios da região destinaram R$ 61.544,89 para aquisição dos medicamentos: Santiago (R$ 28,6 mil), São João do Polêsine (R$ 13.078,00), Restinga Sêca (R$ 9,9 mil), São Francisco de Assis (R$ 5.960,00), Jari (R$ 3.792,00) e Novo Cabrais (R$ 214,89).
Estado
No Rio Grande do Sul, 94 municípios gastaram R$ 2.612.356,57 com a aquisição dos remédios em 2020. Este ano, até o dia 14 de outubro, o gasto diminuiu: R$ 768.657,26 por 40 municípios.
Para mais detalhes, confira planilha (AQUI) produzida pela entidade sem fins lucrativos, Transparência Brasil, a partir de dados disponibilizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS).
Manchete é mais uma bobagem. Otite, gonorréia, infecção intestinal e até malária. Covid termina, incomPeTencia não. Prefeituras? Orgãos de controle que se cocem.