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EDUCAÇÃO. Retorno presencial do 2º semestre na UFSM. Volta insegura, segundo o sindicato docente

Sedufsm requereu a revisão de portaria, mas a reitoria ainda não respondeu

Segundo semestre acadêmico da Universidade começa de forma insegura, segundo o sindicato docente (foto Arquivo/UFSM)

Por Fritz R. Nunes / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)

O segundo semestre acadêmico da UFSM iniciou nesta quarta, 13 de outubro. Conforme decisão tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFSM, em 12 de julho, as aulas teóricas seguem no formato remoto, através do REDE (Rede de Exercícios Domiciliares Especiais). Já algumas disciplinas práticas, com planos de contingenciamento aprovados em suas Unidades, e depois por comissão interna (COE-E) e externa, já poderiam, na orientação da Pró-Reitoria de Graduação, ser ministradas presencialmente. Apesar de a maioria das aulas seguirem virtuais, há alguns aspectos que geram insegurança.

O primeiro desses aspectos é a portaria nº 32, editada em 22 de setembro último, que traz uma interpretação dúbia no que se refere ao papel do (da) docente. Para além disso, quando se vislumbra um retorno presencial, mesmo que a médio prazo (para 2022), surgem interrogações sobre se a UFSM fornecerá os equipamentos necessários para que se possa atuar de forma segura em sala de aula, ou se a instituição conseguirá, ainda mais com cortes no orçamento a cada ano, fazer adequações de espaço, que evitem docentes e alunos (as) aglomerados.

Ainda em setembro, quando a reitoria da UFSM baixou uma portaria sem discussão nas instâncias superiores, determinando o retorno das atividades administrativas presenciais em 1º de outubro, bem como abriu a possibilidade de os (a) docentes ministrarem suas disciplinas desde suas salas aula, ou em laboratórios, nos diferentes campi, surge a interpretação conflitante. O parágrafo segundo do artigo 1º diz que:

“§2º Os servidores docentes desenvolverão, igualmente, suas atividades acadêmicas no que se refere a aulas remotas, atividades de pesquisa, entre outras, utilizando as salas e os laboratórios no âmbito da Instituição, conforme o fluxo de atividades em períodos normais e seguindo a orientação do escalonamento, conforme o § 3º deste Artigo”.

Questionado logo após a divulgação da portaria, o pró-reitor de Graduação, Jerônimo Tybusch, afirmou que o uso de salas de aula ou laboratórios era opcional e não obrigatório. Contudo, a portaria nº 32, no trecho destacado, acima, em nenhum momento fala que é algo optativo. Exatamente para que não pairasse dúvida a esse respeito, em audiência das entidades com o reitor Paulo Burmann, na terça, 28 de setembro, foi solicitado pela Sedufsm que a portaria fosse revogada e uma outra editada em substituição. Contudo, esse pedido não foi acatado pelo dirigente máximo da UFSM.

Neste mesmo dia, um requerimento administrativo solicitando a revogação da portaria, elaborado pela assessoria jurídica do sindicato docente, foi enviado à reitoria. Até o momento da redação desta matéria, a gestão da universidade ainda não havia dado uma resposta conclusiva. Conforme o assessor jurídico do sindicato, Heverton Padilha, o objetivo do novo documento encaminhado à reitoria é mostrar as “ilegalidades e inconsistências” da Portaria 32.

Problemas de infraestrutura

Carmem Dickow Cardoso, professora da área de Química do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), afirma que seguirá com aulas teóricas através do REDE e só voltará a atuar frente a frente com alunos (as) depois que esses estiverem imunizados. Contudo, pretende passar alguns horários da semana no campus de Camobi, trabalhando em laboratório.

Neste primeiro dia do segundo semestre acadêmico, porém, acabou surpreendida. Ao chegar ao local, encontrou sala de aula alagada e piso com problemas. Carmem ressalta que já havia problema de infiltração antes da pandemia, mas, que alagamento nunca tinha ocorrido. A docente saliente ainda que, no turno que estiver no campus, ficará isolada em sua sala, usando a máscara que ela mesma adquiriu. Quanto às aulas teóricas, prefere ministrar de casa, tendo em vista que a qualidade da internet, na universidade, é pior.

Cautela

Em meio a dúvidas, especialmente sobre se a variante Delta do novo coronavírus irá causar alguma situação mais grave na pandemia, a pressão externa para que haja um retorno presencial total na UFSM, com estudantes voltando aos vários campi é grande. Na terça, 5 de outubro, o próprio gabinete do Reitor divulgou uma nota sobre uma reunião ocorrida entre o professor Paulo Burmann e empresários de Santa Maria.

Conforme a nota da assessoria do gabinete, Burmann realizou um encontro com empresários da construção civil, transporte coletivo, setor de alimentos, setor imobiliário, para debater o retorno das atividades acadêmicas presenciais. “Mesmo sabendo as dificuldades que os setores econômicos enfrentam, a UFSM e sua gestão tem responsabilidades com esse retorno”. E acrescenta o texto:   “Não podemos colocar pessoas em riscos”, afirmou o reitor…”

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Um Comentário

  1. Insegura, desnecessária, equivocada. Só fez aumentar a disseminação do vírus e a circulação de trabalhadores no transporte coletivo lotado e sem horários, já que não há professores e alunos circulando no campus, são pouquíssimos. Atender o quê presencialmente, se 90% dos servidores estavam atuando muito bem de casa, em segurança, sem paralisar seu trabalho. Bola fora para a candidatura a deputado.

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