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PRAGMATISMO. Para governar, partidos ajustam programa para formar alianças

É lugar comum (o que não quer dizer que seja errado) dizer que uma coisa é ser oposição; outra é assumir o governo. Exemplos sobram a comprovar a tese. E nem precisamos sair de Santa Maria, para perceber isso – basta relembrar o comportamento de uns e outros na votação da “taxa da luz” neste e no governo anterior.

Mas, aqui, a discussão é um pouco mais profunda: afinal, o que fazem os partidos exatamente para governar, sem que isso signifique abdicar de seus próprios programas ideológicos? A resposta é, numa expressão popular, “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”. Ou, como diz por exemplo o cientista político e jornalista Bruno Lima Rocha (colaborador deste sítio), pragmatismo.

Ou, quem sabe, buscar no governo Lula, como faz o analista político Carlos Chagas, a chave para o comportamento do momento. Tanto Chagas quanto Rocha, e outros também, fazem parte do mosaico elaborado pela reportagem assinada por Igor Natusch e publicada no excelente jornal eletrônico Sul21. Vale a pena acompanhar, a seguir:

Guinada de partidos ao centro é estratégia para chegar ao poder, dizem cientistas

Para os que se acostumaram com um ambiente político marcado por disputas entre direita e esquerda, o atual momento político brasileiro pode provocar alguma confusão. O presidente Lula, que durante anos representou o sonho de poder de muitos corações de esquerda, aliou-se a partidos como PP e PMDB para viabilizar seus projetos políticos. No Rio Grande do Sul, o governador eleito Tarso Genro (PT) aponta para a mesma direção, buscando apoio de PP e PTB, partidos geralmente de oposição ao PT, para sua coalizão de governo. Também os chamados partidos de direita, como o PP, sucedâneo da Arena, fizeram um movimento em direção ao centro.

Nestas eleições, aparentemente, os eleitores brasileiros apoiaram as propostas mais moderadas em detrimento de polarizações, à esquerda e à direita. Ou será que foram os partidos que se adequaram ao senso comum em busca de mais votos?

O cientista político Bruno Lima Rocha (e não Rocha Lima, como está na reportagem original), professor da Unisinos, acredita que essa guinada ao centro é uma demonstração de pragmatismo – mesmo que, às vezes, resultante de uma discussão interna feita às pressas. A mudança de discurso e as alianças acabam sendo inevitáveis para a conquista do poder executivo. “Não é que a coerência seja abandonada, é que a coerência mudou. Deixa de ser programática, abre mão de um conteúdo e passa a ser tática, voltada a um objetivo. Esses partidos assumem que a manutenção do discurso nunca terá a força necessária para garantir o poder”, explica…”

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