Por Fritz R. Nunes / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)
Desde a última segunda, 1º de novembro, que era uma data de ponto facultativo, servidores (as) técnico-administrativos na UFSM estão orientados (as) pela Portaria nº 35, a retornar ao trabalho presencial de forma integral na instituição. A mudança em relação à portaria anterior (nº 33) é de que não há previsão de escalonamento, ou seja, de que se possa trabalhar 4h em home office e 4h na presencialidade. As entidades que representam técnicos (as) criticaram a falta de diálogo por parte da Reitoria da instituição.
O assessor jurídico da Sedufsm, Heverton Padilha, avalia em relação ao caso dos (das) docentes, que a Portaria 35, quando comparada à 33, pouco foi alterada em seu conteúdo. A novidade é que as atividades administrativas exercidas por docentes deverão ser presenciais.
Portaria Normativa n. 35
“§2º Os (As) servidores (as) docentes desenvolverão, igualmente, suas atividades acadêmicas no que se refere a aulas, atividades de pesquisa e extensão, entre outras, podendo utilizar as salas e os laboratórios no âmbito da Instituição, seguindo o fluxo normal de atividades acadêmicas, em conformidade com a Resolução UFSM N. 042, de 09 de fevereiro de 2021 (REDE).
I – funções administrativas exercidas por docentes serão realizadas presencialmente, ressalvados os horários destinados às atividades acadêmicas.”
Atens: ‘surpreendidos’
Em nota encaminhada à assessoria de imprensa da Sedufsm, a Associação dos Técnicos de Nível Superior da UFSM (Atens seção sindical) avalia que foram surpreendidos pelo teor da Portaria 35.
“Os servidores da UFSM foram novamente surpreendidos com a emissão de mais uma portaria que trata do retorno ao trabalho presencial, desta vez do retorno integral dos servidores, o que gerou insatisfação no modo como as decisões são tomadas em nossa instituição, frustrando nosso desejo em participar dos momentos decisórios na UFSM”, diz um trecho da nota.
Assufsm: ‘dificuldade de digerir’
A coordenadora-geral da Assufsm, Loiva Chansis, também reclama da metodologia da Administração Central. “A coordenação do sindicato, junto da base, realizou várias assembleias gerais durante o mês de outubro para debater ações sobre o retorno presencial parcial e, nem bem havíamos ‘digerido’ essa portaria, temos que estudar a de retorno presencial integral. Se não era para fazermos aglomeração antes, apenas com 4h diárias, imagina agora, que vamos ficar 8h dentro da UFSM”, reclamou Loiva, durante plenária da categoria, na última sexta, 29.
Reitoria não respondeu questões da Sedufsm
Na última quinta, 28, enviamos à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) três perguntas para serem usadas nessa reportagem. Uma das questões encaminhada à pró-reitora Márcia Lorentz pergunta se a mudança para o retorno presencial integral não leva ao risco de aglomeração; uma segunda questiona sobre o embasamento jurídico e sanitário para a determinação de presencialidade plena; e ainda uma questão sobre as diversas reclamações documentadas, por parte de técnicos (as), quanto à existência de locais insalubres na instituição.
Na sexta pela manhã (29), Márcia Lorentz respondeu o e-mail afirmando que daria retorno sobre as perguntas, mas com a participação do Gabinete do Reitor. Na quarta (3), prazo incialmente estabelecido para a publicação da matéria, as respostas não chegaram. O prazo para a publicação foi prolongado até esta sexta (5), pela manhã, mas o retorno da Progep/Gabinete do Reitor não aconteceu…”
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Onde já se viu voltar a trabalhar se o bom é ficar coçando remuneradamente em casa? Reforma administrativa não sai agora, mas tem que sair.