Da Redação da Agência Senado
A ausência de um plano estruturado de ensino e capacitação profissional que permita aos jovens avançar no empreendedorismo digital foi uma das preocupações levantadas pelos participantes da audiência pública promovida pela Comissão Senado do Futuro (CSF) nea sexta-feira (10).
Para o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), autor do requerimento para realização do debate, o Brasil vive hoje um “apagão” de mão de obra qualificada para preencher as mais de 500 mil vagas disponíveis no setor de tecnologia e informação, o que vem dificultando o crescimento do setor no país. Ele também citou a falta de capacitação para o empreendedorismo.
– A educação financeira, a capacidade de elaboração de um projeto de negócio, o estudo de viabilidade e potencial de mercado, o entendimento das possibilidades e responsabilidades jurídicas, o conhecimento técnico dos indícios de viabilidade e falência de negócios são conhecimentos instrumentais importantes para qualquer empreendedor. Infelizmente, são etapas da elaboração de um negócio frequentemente negligenciados no Brasil e um dos motivos para que os empreendedores, mesmo adultos, não obtenham êxito em seus negócios – disse Izalci.
Na avaliação da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), o que falta ao país é “decisão política” que priorize investimento em educação, ciência e tecnologia. Ela criticou os cortes de recursos federais para essas áreas.
– Nós temos os institutos federais de educação profissional, que são de excelência. Mas, infelizmente, estão sendo retirados recursos, eles não estão conseguindo mais laboratórios de eletrônica, informática, e a gente sabe que precisa disso.
Presidente do Instituto Illuminante de Inovação Tecnológica e Impacto Social, Gilberto Lima Junior, que está à frente de projetos que buscam desenvolver soluções com inovações tecnológicas, destacou que, das dez maiores empresas no mundo, oito são de tecnologia. Ele alertou para o fato de que as transformações no mercado de trabalho estão avançando de forma rápida; no entanto, o Brasil não acompanha essas inovações, ao manter uma estrutura muito defasada para as necessidades do mundo digital. De acordo com Lima Junior, é preciso que os jovens, com suas demandas e anseios, possam participar de forma mais direta da elaboração dessas políticas públicas, apresentando os caminhos que eles querem e precisam seguir.
– Nós estamos falando no campo da genética, biotecnologia, nanotecnologia, os campos da engenharia, tudo o que diz respeito à manufatura da indústria 4.0, a robótica que vem com tudo, a inteligência artificial, a corrida espacial. São muitos os campos que abrem oportunidades. A dificuldade vai ser sempre como educar entre 400 mil e 500 mil profissionais de tecnologia da informação; é a carência que o setor tem. Há um gigantesco desemprego no país, e a gente não consegue ocupar as vagas de tecnologia porque o foco da educação ainda não consegue chegar na formação, na preparação de quem precisa…”
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