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Feliz Natal e obrigado a quem salvou ou ajudou a salvar vidas! – por Valdeci Oliveira

O articulista, vacina e servidores (públicos e privados) que atuam na saúde

Estamos encerrando mais um ano bastante difícil para a maioria das pessoas, em que não foi fácil encarar a disputa contra uma pandemia tão brutal, em que se chegou a relativizar a importância da vida com o falso dilema entre ela e a economia.

Foi como se a formulação do poeta romano Ovídio, de que “os fins justificam os meios”, chancelasse um cruel, injusto e criminoso destino a milhões. O que se aprendeu até aqui nos assegura que se essa máxima tivesse vingado na totalidade nosso destino teria sido ainda mais trágico.
Me obrigo a fazer esse comentário por estarmos encerrando o ano com mais um boicote à imunização, desta vez a das nossas crianças, assim como foi com os adolescentes e, como ficou demonstrado por uma CPI, com toda a campanha de vacinação desde o início desse ano.

O falso dilema do momento é avaliar melhor os dados, realizar audiências e consultas públicas – algo nunca registrado na história da política de imunização brasileira – e colher mais opiniões pelos meandros de um Ministério que, apesar do espírito público e trabalho sério dos seus servidores, é indigno de indigno de  receber o nome de Saúde.

E somente depois disso, talvez nossos filhos e netos tenham o direito, assim como nós, de terem garantidos acesso a uma defesa cientificamente comprovada contra um vírus que mata. Desde o início desse calvário que ainda não terminou, tivemos mais óbitos infantis por covid do que por todas as doenças evitáveis somadas, e que para tanto existem vacinas.
Ao bradarmos pela vacina para os “pequenos”, nós, neste Natal e nesta quase virada de ano, também prestamos uma vigorosa solidariedade às famílias que perderam entes queridos e amigos. E ainda enviamos o mais sincero agradecimento a quem contribuiu para a preservação de vidas, principalmente quem esteve e continua na linha de frente dessa batalha.

Falo dos mais diferentes profissionais, da saúde à ciência, que trabalharam dobrado – ou até triplicado – em um período tão confuso e triste da história recente. Falo dos professores, dos agricultores, dos motoristas, dos servidores da segurança pública, dos profissionais da imprensa – diariamente ameaçados -, assim como falo do corpo técnico da Anvisa – por levarem a informação correta à sociedade, desmentindo disparates que já conduziram milhares ao erro e ao óbito.  E obrigado a cada pessoa que usou e segue usando a máscara, que se vacinou e seguirá se vacinando, que respeita os protocolos de segurança.

A minha mensagem para o 25 de dezembro e para o próximo 1° de janeiro é bastante simples, sincera: saúde, paz e esperança nos quatro cantos do RS e do Brasil. Que o Ano Novo seja um tempo de reconstrução e de mais proteção à vida. Que ninguém solte a mão de ninguém, que não se recuse um prato de comida a quem tem fome, que não se banalize os efeitos cruéis da pobreza e da miséria e que não se deixe de sonhar e de acreditar em dias melhores para todos e todas. Que entendamos o sonho da utopia como apregoou o cineasta argentino Fernando Birre, para quem ela se afasta conforme dela nos aproximamos, justamente para que não paremos de buscá-la, para seguirmos em frente.

A nossa caminhada, na construção por uma sociedade mais justa, solidária e igualitária, continua em 2022.
A todos e todas um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações e alegrias.

(*) Valdeci Oliveira, que escreve sempre as sextas-feiras, é deputado estadual pelo PT e foi vereador, deputado federal e prefeito de Santa Maria. Também é 1º Secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Duplicação da RSC-287.

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