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Tiros para cima. Confira a reportagem com a entrevista à FSP de Lair Ferst, o “homem bomba”

Esse Lair Ferst gosta de um tiroteio. Goste-se ou não, a Folha de São Paulo deu ontem um furo em toda a imprensa gaúcha. Houve quem falasse em matéria “requentada”. É. Pode ser – se a gente extrair o fato de ele, na entrevista exclusiva concedida à FSP, anunciar que está negociando o benefício da delação premiada e também suas declarações acerca do governo gaúcho, entre outras declarações.

 

Resumindo: melhor passar recibo e assumir. O jornalão paulista, através de sua enviada especial, Ana Flor, e do correspondente em Porto Alegre, Graciliano Rocha, conseguiu frases que ninguém obteve até agora, sobre a Fraude no Detran, pela qual ele é um dos principais denunciados.

 

Confira, a seguir, a íntegra da reportagem com o que, penso eu, pode estar se transformando em verdadeiro “homem bomba”, aquele que morre. Mas mata muitos, ao seu redor. Acompanhe:

 

“Acusado de desvio no Detran-RS muda versão e agora envolve Yeda

Lair Ferst, que coordenou campanha de tucana, diz que atual gestão reestruturou esquema de fraude. Empresário negocia com a Procuradoria implicar o primeiro escalão do governo em troca da retirada de parte de acusação contra ele.

O empresário Lair Ferst, acusado de ser um dos pivôs do desvio de R$ 44 milhões do Detran-RS, envolveu ontem pela primeira vez a governadora Yeda Crusius (PSDB) na fraude.

Uma semana depois de se desfiliar do PSDB, Ferst -que ajudou a coordenar a campanha de Yeda em 2006- afirmou em entrevista exclusiva à Folha que foi uma decisão da cúpula do governo reestruturar o esquema de desvio.

O empresário negocia com o Ministério Público Federal e com a Justiça implicar cerca de dez nomes de integrantes e ex-integrantes do primeiro escalão do governo gaúcho, além de pessoas com foro privilegiado, em troca da retirada de parte das acusações contra ele.

Ferst é réu em ação criminal com outras 39 pessoas. Ele responde, entre outras acusações, por corrupção ativa e extorsão. A Folha apurou que essa é a segunda tentativa dele de fazer um acordo. A primeira foi vetada pela Justiça em abril.

As novas informações que Ferst promete acrescentar se referem à chamada “fase dois” da fraude -quando o Detran substituiu, em maio de 2007, a Fatec pela Fundae, ambas fundações ligadas à Universidade de Santa Maria.

As investigações apontam que a troca ocorreu para retirar as empresas da família Ferst do esquema e beneficiar empresas ligadas a integrantes do aliado PP. Mesmo assim, até então, o empresário havia assumido posição de defesa da governadora -negando inclusive qualquer proximidade com a tucana.

“Procurei não potencializar essa relação em razão do clima quente do debate político que se travou na CPI [da Assembléia Legislativa], eu não achava que era conveniente servir de munição para a oposição.”

Agora, Ferst afirma que era amigo da governadora e que foi recebido mais de uma vez por Yeda depois da posse. Segundo ele, a reestruturação da fraude, com a troca de fundações, foi decisão política do governo. “É público e notório que houve o envolvimento da governadora nesse processo”, disse ele.

O empresário afirma que as informações que prestará ao MPF irão envolver pessoas próximas a Yeda. A crise já derrubou cinco integrantes do primeiro escalão, alguns deles citados por réus em grampos realizados pela Polícia Federal na Operação Rodin.  A reavaliação de sua estratégia de defesa ocorreu após o…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem da Folha de São Paulo, reproduzida pelo sítio especializado Coletiva.Net.

 

 

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