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Massacre (2). Atraso de salários, fim de isenções e banimento do PP e do PTB? Que fará Yeda?

Que foi uma derrota acachapante, até as pedras próximas ao Palácio Piratini reconhecem. 34 x 0 não tem parâmetro, na história remota das relações entre os poderes do Rio Grande. Então, que tipo de resposta poderá dar Yeda Crusius à negativa, pelo parlamento, para o Plano de Recuperação do Estado, por ela enviado?

 

Várias foram as considerações acerca do episódio do meio da tarde desta quarta-feira. Uma delas indicava, por exemplo, o banimento do PP (e do PTB, subsidiariamente) do governo, com a retirada de todos os cargos de confiança pelo partido ocupados. Aliás, o próprio secretário de Ciência e Tecnologia, Pedro Westphalen, que é deputado, tomou a iniciativa de pedir a exoneração. Momentaneamente recusada.

 

Além da repercussão partidária, há outras possibilidades aventadas. Uma, entendida como inevitável, seria o atraso do salário do funcionalismo, que já é pago fracionado há nove meses. Outra, o fim de isenções fiscais concedidas a empresas. Uma quarta hipótese seria o aprofundamento do combate à sonegação, inclusive com algumas punições exemplares.

 

O que fará Yeda Crusius? A rigor, pelo menos nas primeiras horas depois da supergoleada imposta pela oposição e parte da base aliada, ninguém sabe, objetivamente. Aod Cunha de Moraes Júnior, o secretário da Fazenda, disse que se mandaria, se não fosse aprovado o pacote. Se demitirá? Também não se sabe.

 

De concreto, se é que se pode dizer isso, a única coisa concreta surgida de uma reunião da governadora com o secretariado, no final da tarde de ontem, foi uma nota oficial. Esta, que passo a reproduzir. E mais nada. Até quando? Não se sabe, mas algo será feito. E logo. A seguir, a nota:

 

 “Esclarecimento do governo ao povo gaúcho

 

1. O Governo do Estado do Rio Grande do Sul apresentou à Assembléia Legislativa e discutiu com a sociedade de modo transparente o Plano de Recuperação do Estado, dando continuidade ao seu compromisso – assumido em campanha e referendado nas urnas – de consertar as contas públicas do Estado do Rio Grande do Sul.

2. O Plano originalmente encaminhado à Assembléia Legislativa previa a apreciação de um conjunto consistente de projetos de lei que resolveriam, estruturalmente, as finanças públicas do Estado. Pelo lado do controle da despesa, foi rejeitada a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual. Pelo lado da receita, foi rejeitado o Fundo de Combate à Pobreza e também o Simples Gaúcho.

3. O Governo, aberto às reivindicações da sociedade e de seus representantes no Parlamento local, concordou ontem com uma proposta alternativa que contemplava grande parte das sugestões das bancadas, demonstrando explicitamente o seu objetivo de construir uma parceria com o Poder Legislativo. Isso não foi possível, dada a recusa da Assembléia Legislativa de permitir a discussão dessa nova proposta por mais uma semana.

4. A solução para a grave crise financeira do Estado não é uma responsabilidade exclusiva do Poder Executivo e sim de todos os Poderes, de todos os agentes econômicos e de toda a sociedade gaúcha. A iniciativa é do Poder Executivo, e a tomamos, mas a responsabilidade é de todos.

5. O Governo continuará perseguindo com coragem e determinação a construção de uma solução estrutural para as finanças públicas, adotando as medidas necessárias para minimizar a negativa soberana da Assembléia Legislativa em construir, em conjunto, alternativas para o Plano de Recuperação do Estado.

Governo do Estado do Rio Grande do Sul”

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa do Palácio Piratini.

Leia também a notícia “Secretário tem pedido de exoneração negado pela governadora”, divulgada por ZH.Com.

Confira igualmente a reportagem “Governadora se reúne com secretários para avaliar derrota na Assembléia”, da mesma forma publicada pela versão online de Zero Hora.

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