Por Bruna Homrich / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)
Ocorreu, na última quarta-feira, 23 de fevereiro, mais uma Plenária Nacional das Entidades do Serviço Público Federal, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e pelo Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate).
No evento virtual, que reuniu quase 240 representantes de entidades de servidoras e servidores país afora, reforçou-se a disposição do funcionalismo público em deflagrar um movimento de greve a partir do dia 23 de março, caso o governo federal siga em silêncio com relação à pauta de reivindicações unificada protocolada no dia 18 de janeiro junto ao Ministério da Economia. A data da greve justifica-se também pelo fato de que, em decorrência de 2022 ser um ano eleitoral, as negociações entre Executivo e trabalhadores(as) do setor público só podem ocorrer até o dia 4 de abril.
Liane Weber, diretora da Sedufsm, representou a seção sindical no evento e conta que o objetivo principal foi ouvir as entidades a respeito dos seus processos locais de mobilização para a greve. “A plenária foi bem representativa, havia pessoas de todos os cantos do país e das mais diversas entidades de servidoras e servidores públicos federais”, partilha a docente.
Ela comenta que, quando os relatos eram feitos por dirigentes de sindicatos de docentes e técnico-administrativos em educação das Instituições Federais de Ensino (Ife), um percalço foi observado: em função da pandemia e da consequente suspensão da presencialidade nas universidades e institutos federais, registra-se, hoje, um descompasso entre os diversos calendários acadêmicos adotados pelo país. Liane explica que enquanto a UFSM, por exemplo, encerrou agora o segundo semestre de 2021 e prepara-se para iniciar, em 11 de abril, o primeiro semestre de 2022, há instituições que recém começaram, neste mês de janeiro, o segundo semestre de 2021.
“Então está muito desencontrado e isso faz com que as Ife estejam um pouco desarticuladas em termos de mobilização”, pondera a dirigente da Sedufsm.
Na UFSM, objetivando ampliar o debate com a categoria docente acerca das razões da greve e da necessidade de organização e luta contra os ataques a direitos e aos serviços públicos, a categoria definiu, em assembleia, constituir uma comissão de mobilização. A comissão já realizou duas reuniões e definiu um conjunto de ações a serem implementadas em nível local, visando não somente dialogar com o público da universidade, mas com toda a comunidade santa-mariense que invariavelmente é afetada pela política de precarização da rede pública.
Se, contudo, as servidoras e servidores das Ife enfrentam dificuldades em seus processos de mobilização tendo em vista a disparidade de calendários e o caráter ainda remoto de muitas atividades, o funcionalismo público de órgãos como o Ibama, INSS e setores do Judiciário estão bastante organizados. Liane comenta que essas trabalhadoras e trabalhadores vêm sentindo na pele a precarização dos serviços, tendo em vista que, com a falta de concursos públicos, não há reposição de vagas efetivas, sendo contratada, para preencher tais lacunas, mão-de-obra terceirizada. Outros problemas como a transferência da gestão de aposentadorias e pensões de servidoras e servidores das universidades para a competência do INSS, além da falta de orçamento para os órgãos, também têm aumentado a sobrecarga e o adoecimento mental de tais servidoras(es). “Tentamos dar conta, mas até quando vamos conseguir?”, questiona a diretora da Sedufsm…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.