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Culpado. Atire a primeira pedra quem nunca disse uma bobagem (perigosa) ao telefone

Lembra daquela vez que você se referiu a um(a) colega, dizendo que ele (a)… ? Recorda aquele papo reservado, na tua sala, no dia seguinte à demissão do teu chefe, em que foram tecidos comentários acerca do comportamento, digamos, indecente dele em relação a…?

 

Atire a primeira pedra quem nunca confidenciou algo ao telefone. Ou no canto de um escritório. Ou, mesmo, à mesa de um bar ou restaurante. Não, não te preocupa. Não te neurotize. Afinal, você não tem o telefone ou a mesa de trabalho grampeados. Não?

 

Uma história claudemiriana: certa vez, um colega entrou na minha sala, num dos empregos que tive, e perguntou: “você lembra daquela matéria que não foi publicada sobre o cliente tal?”. Ao que, respondi: “aquele???? Mas, a história era uma m. e por isso não valia a pena. Ninguém está interessado nela, só o cara”.

 

Pois é, num lance de absoluta calhordice, o “cliente tal”, o “cara” estava na sala ao lado, a mesma do “colega”. Imagina o meu desconforto. E a minha raiva. E o comportamento que passei a ter em relação a este “companheiro” de trabalho. Claro, a história foi para a direção da empresa e, por muito pouco, não peguei um “gancho”.

 

O mal, no entanto, estava feito. Não tenho como me desculpar com o cidadão. E explicar que a linguagem do ambiente de trabalho não é exatamente a mesma da dita normal. O mesmo problema, em dimensão muito maior, teve o treinador Luiz Felipe Scolari, ao tempo de Grêmio PA (ou no Palmeiras, não lembro), em que as câmeras e microfones de TV (da Globo, para ser mais preciso), escondidos, gravaram imagem e voz do vitorioso profissional falando a linguagem “dos boleiros”. E não tem como explicar que determinadas palavras podem ser usadas num sentido bem diferente daquele original.

 

Que conversê é esse, perguntará o leitor? Simples: a vida de Renan Calheiros está virada do avesso. Da mesma forma que nunca Scolari (mesmo depois de ter sido campeão do mundo) teve esquecidas aquelas palavras. Do mesmo jeito que em nenhum instante conseguirei me explicar àquele cliente, também o senador alagoano está ferrado. A opinião sobre ele é definitiva. Tanto faz se continua ou não presidente do Senado. Para os brasileiros, ele é culpado. O resto é conversa mole.

 

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Senado tende a preservar mandato de Renan”, assinada por Rodolfo Torres e publicada no Congresso em Foco, citando notícia da Folha de São Paulo.

Leia também a nota “Será difícil a Renan sobreviver a devassa de sua vida”, publicada por Etevaldo Dias.

 

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