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ESPORTE. Saiba mais sobre o Erechim Coroados, que volta a disputar gauchão de Futebol Americano

A chave é difícil e tem, por exemplo, o atual campeão, Santa Maria Soldiers

A equipe erechinense está ansiosa para o retorno à competição que disputou em 2019 e perdeu do Soldiers (Foto Divulgação)

Por Pedro Pereira

Em um esporte onde a posse de territórios é extremamente crucial, nada melhor que uma equipe baseada na tribo indígena dos territorialistas coroados para representar Erechim. Em 2022, o Erechim Coroados chega com o objetivo de buscar o topo do futebol americano no Estado. A equipe da Capital da Amizade chega ao Gauchão sem o interesse de manter a camaradagem dentro de campo.

Sem qualquer expectativa de um futuro como equipe, o Coroados nasceu da simples vontade de alguns conhecidos erechinenses em praticar o futebol americano como uma brincadeira. Baseando-se na tradição dos esportes norte-americanos, o nome da equipe foi escolhido em homenagem aos índios coroados, conhecidos por terem habitado a região do “Grande Erechim” no passado e usarem uma coroa de penas.

“A gente pensou em pegar algo mais local. Vem até da tradição do esporte americano pegar algo local e transformar no nome do time. O Coroados é uma tribo da região, considerada territorialista e, por ter a ver com o esporte, a gente decidiu pôr isso”, diz o atleta Suyan Pagliari.

Já no segundo encontro entre os admiradores do esporte, uma experiente personalidade da cena nacional resolveu dar as caras: Tiago Villodre, ex-jogador do Sinop Coyotes, de Mato Grosso, como também árbitro pela Confederação Brasileira de Futebol Americano.

De acordo com Pagliari, que é o quarterback do time, Villodre mostrou entusiasmo pela ideia de usar toda a sua experiência no esporte para ajudar os envolvidos. Dessa forma, se tornou o primeiro técnico do Erechim Coroados, dando todo o apoio necessário.

“Logo após o primeiro treino, o Villodre, que morava em Erechim na época, viu o pessoal brincando, praticando, e se interessou. Ele já tinha experiência, já tinha praticado no Mato Grosso, já tinha arbitrado em alguns jogos, ele viu esse pessoal e pensou em dar um apoio mais técnico para a galera.”

Entretanto, foi apenas três anos após a fundação do Erechim Coroados que a equipe estreou nos gramados – contra o extinto Buriers Football, em um jogo válido pela fase de grupos da Copa RS de 2018. Sobre o período sem participar de competições, o atleta conta que o tempo foi utilizado para estabelecer a organização do time.

“Durante esses anos que a gente só treinou, a gente tentou estruturar o time financeiramente, a parte mais burocrática e administrativa do time, pra que a gente conseguisse entrar nos campeonatos com uma certa solidez”, relembrou o quarterback.

Em 2019, começaram a disputar o campeonato gaúcho. Naquele ano, chegaram aos playoffs com uma vitória por W.O contra o tradicional Canoas Bulls mas, na primeira partida do mata-mata, caíram de frente com o campeão da edição, Santa Maria Soldiers, e deram adeus à competição.

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O Coroados erechinense pretende honrar a tribo indígena de mesmo nome. Primeiro jogo é em Santa Cruz (Foto Divulgação)

Para 2020, a equipe havia feito investimentos empolgantes dentro e fora de campo. Porém, a pandemia acabou com todos os planos. “Foi bem abrupto. A gente vinha com um planejamento bem forte naquele ano. A gente trouxe um head coach para melhorar a parte técnica do time, um jogador americano para jogar o Gauchão. A gente fez toda a organização: a questão material, de campo, de onde ia jogar, viagens, tava tudo acertado. E acabou não jogando. Não podia nem treinar”, desabafou o quarterback.

Sobre o retorno, Suyan Pagliari relembra o retorno das práticas e, de forma confiante, nota a evolução da equipe mesmo que em condições desagradáveis. “Em 2021, a gente conseguiu uma aberturar um pouco maior para treinar. Ainda seguindo todos os protocolos, a situação foi melhorando até o final do ano. E, mesmo tendo um número reduzido de atletas, vendo o pessoal treinando, eu consigo ver que a gente chegou em um nível técnico que a gente não tava antes da pandemia. A gente conseguiu ainda desenvolver a equipe.”

Nesse ano, o Erechim Coroados ficou no grupo B, junto com o atual vice Bulldogs FA, o atual campeão Santa Maria Soldiers e o tradicional Santa Cruz Chacais. O grupo é difícil, e a equipe parece ter noção disso. “A gente caiu num grupo forte, a gente sabe que vai ser um desafio grande pro Coroados. A gente precisa de uma preparação no início do ano para ter chance de buscar os playoffs. Acho que o nosso objetivo é sempre conseguir uma vaga de playoffs, conseguir uma vaga na final”, comentou o atleta.

Porém, o quarterback afirma que, por haver um período de três anos desde as últimas competições, não dá para ter certeza de nada. “A expectativa quanto às outras equipes gera uma certa dúvida, uma incerteza. Antes de ter a pandemia, a gente tinha uma série de vídeos para analisar, conhecia os jogadores e os times. Agora faz pelo menos dois anos que a gente não joga com essas equipes. O material de vídeo já tá obsoleto, não tem o que estudar.”

O primeiro confronto do Erechim Coroados no campeonato gaúcho será contra o Santa Cruz Chacais, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul, no dia 19 de março, às 14h.

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