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FUTEBOL AMERICANO. No balanço da 1ª rodada, destaque é o campeão Soldiers. Mas, e os outros?

Equipes avaliam início do Gauchão pós-pandemia e seu próprio desempenho

Para a maioria, a pandemia não afetou a qualidade do Santa Maria Soldiers dentro de campo (Foto Gabriel Haesbaert/Divulgação)

Por Pedro Pereira

No último domingo (20), o triunfo do Santa Maria Soldiers sob os Bulldogs de Venâncio Aires, em casa, serviu para decretar o fim da primeira rodada da temporada de retorno do Gauchão de Futebol Americano. A próxima acontece apenas no dia 2 de abril, com a partida entre União da Serra FA e Canoas Bulls, enquanto o Soldiers joga novamente no dia 10 de abril, contra o Erechim Coroados, na casa do rival.

Passada essa primeira etapa, os times, como também todos os admiradores do esporte da bola oval, tiveram a oportunidade de analisar o que mudou dentro de campo após o hiato de dois anos causado pela pandemia da Covid-19.

Dito isso, o Site conversou com representantes das equipes que disputam o torneio a fim de descobrir suas opiniões e quais serão as futuras abordagens adotadas após estas primeiras semanas de competição.

Confira abaixo as primeiras impressões de cada time:

Anderson Soares, coordenador defensivo do Bulldogs FA:

“Nós sabíamos que o Soldiers é um time de elite, diferenciado, capacitado para jogar contra os melhores do país. Sabíamos que ia ser um jogo bem difícil, ainda mais pro nosso ataque que vem com uma ideia nova de jogo. Um playbook (livro de jogadas) novo, um coach novo, que vem começando um trabalho diferente, então o processo é mais demorado.”

“A gente não esperava um placar tão elástico, mas sim um jogo bem complicado, como foi. Pelo ponto da defesa, ela teve algumas falhas que precisamos corrigir e estamos trabalhando para isso. De forma geral, a gente não trabalhou mal. Foi melhor do que o esperado para um confronto com o Soldiers. O quarterback Douglas é um dos melhores do país.”

Marcos Martins, head coach do Santa Cruz Chacais:

“Creio que para todos a qualidade [das partidas] era uma incógnita. Depois de muito tempo parado, tivemos várias dificuldades para preparar as equipes tanto dentro quanto fora do campo. No geral o nível se manteve. Temos que trabalhar o máximo para seguir evoluindo e compensar o tempo parado.”

“Tivemos algumas baixas que dificultaram o jogo. Creio que temos que nos recuperar e voltar fortes pra continuar o campeonato. Com o tempo parado, grande maioria decaiu fisicamente.”

Ibrahim Mansur Ibrahim, head coach do Erechim Coroados

“Após dois anos de pandemia sem jogos, sem informações reais das equipes, a única coisa que podíamos imaginar é que a equipe a ser batida, por ter sido a última equipe campeã, era o Soldiers e isso só ficou claro após o fim da primeira rodada. A equipe de Santa Maria continua com um excelente grupo. Nas outras partidas vimos um equilíbrio nos jogos que é normal após tanto tempo sem ter informações sobre as equipes.”

Juliano Tegner, coordenador defensivo do União da Serra FA

“A primeira rodada do Gauchão foi bem bacana. Depois de dois anos parados, o pessoal tava com bastante vontade. Todos voltaram com gana de jogar, de praticar o esporte que a gente mais gosta. Foram bons jogos, alguns com viradas, outros disputados. Nível de jogos bem bacana.”

Anderson Fauri, diretor do Porto Alegre Pumpkins

“Muito tempo parado e sem ritmo acabamos desperdiçando oportunidades e demos espaço ao adversário para pontuar. Depois com a experiência da nossa equipe pudemos recuperar o placar e manter a invencibilidade dos Pumpkins sobre os Bulls”.

“Nosso principal adversário foi a ansiedade. Muito tempo parado nos fez escolhermos algumas opções erradas no início. Reconhecemos e estamos trabalhando nos treinos. Aprendemos sempre. Mesmo com a vitória, estamos revisando os pontos necessários para evolução”.

Riccardo Facchini, head coach do Carlos Barbosa Ximangos

“Os confrontos foram muito disputados e decididos nos detalhes. Como todos os times ficaram dois anos parados, é natural que haja um equilíbrio grande. Tivemos alguns erros que dificilmente cometemos e acabaram comprometendo em ampliarmos o placar, então estamos buscando corrigir esses detalhes.”

Maurício Faé, coordenador defensivo do Santa Maria Soldiers

 “Foi uma boa primeira rodada. O futebol americano [no Brasil] parou por dois anos e alguns meses, então os times estavam há um bom tempo parado. Alguns times treinaram, mantiveram o vínculo com os atletas através de treinos por vídeo, mas a gente sabe que não é a mesma coisa. A pandemia atrapalhou muito na preparação. Os atletas e as equipes acabaram perdendo muito tempo.”

“Na questão técnica, eu já vi algumas coisas diferentes. Vi os times mais padronizados taticamente então, aparentemente, as equipes evoluíram bastante de maneira geral. Vamos ver agora, na segunda rodada, se o nível vai aumentar. Eu acredito que vai evoluir ainda mais.”

OBSERVAÇÃO: o Canoas Bulls não respondeu o contato até o momento de publicação desta matéria. Quando isso acontecer, o relato será acrescentado.

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