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CÂMARA. Denúncia diz que campanha de Pacheco ao Legislativo teve recursos do Auxílio Emergencial

Autora dos supostos depósitos seria a então coordenadora de campanha

Denúncia foi protocolada nesta segunda-feira (25) pelo ativista digital Luiz Henrique Oliveira – Barbudinho (Foto Divulgação)

Por Maiquel Rosauro

O ativista digital Luiz Henrique Oliveira – Barbudinho protocolou no Legislativo de Santa Maria, nesta segunda-feira (25), denúncia contra o vereador Pablo Pacheco (PP) e uma assessora do seu gabinete. O denunciante aponta que o progressista foi eleito com suposta doação de dinheiro público proveniente do Auxílio Emergencial e solicita que o Parlamento investigue o caso.

Conforme a denúncia, a então coordenadora da campanha de Pacheco sacou R$ 3,9 mil do auxílio (em um total de oito parcelas entre maio e dezembro de 2020), embora nas redes sociais ela demonstrasse um padrão de vida incompatível com o público-alvo do benefício-social, incluindo uma viagem à Europa em março de 2020. Entre maio e novembro do mesmo ano, ela realizou seis depósitos no valor total de R$ 2,4 mil para a campanha de Pacheco à Câmara.

Nas redes sociais, conforme alega a denúncia, ela publicou que não foi usado “1 centavo de dinheiro público” na campanha do progressista e “inovou na maneira de fazer política”.

No início do atual mandato parlamentar, em 2021, Pacheco nomeou a coordenadora de campanha como assessora em seu gabinete. Hoje, ela está afastada com atestado médico.

No entendimento de Barbudinho a doação foi ilegal, pois configura suposto dinheiro público.

“Cita-se ainda, o artigo 30-A, §2º da Lei 9.504/97, como base para esta Denúncia, pois uma vez investigado e provado a ilegalidade nas doações, devidamente identificada no âmbito da prestação de contas de forma qualificada, marcada pela má-fé dos envolvidos, o pleito estaria maculado, sendo passível a cassação do Vereador”, diz trecho da denúncia.

A legislação citada diz que “comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado” (AQUI).

O ativista digital solicita que o Legislativo aceite a denúncia e abra investigação. Ele também protocolou a acusação no Ministério Público.

Em suas redes sociais, desde a semana passada, Barbudinho tem publicado inúmeros stories e vídeos sobre o assunto.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Pacheco recebeu um total de R$ 47.341,05 em doações. O principal doador foi o empresário mineiro José Salim Mattar Júnior, fundador da Localiza, que destinou R$ 10 mil.

Outro lado

Pacheco afirmou ao Site que não possuía conhecimento, até a denúncia, de que sua assessora tinha recebido valores do Auxílio Emergencial.

“Apesar de ela estar afastada do gabinete desde novembro do ano passado por motivos de saúde, entrei em contato com ela e, prontamente, devolveu os valores recebidos. Da minha parte, nenhuma irregularidade foi cometida”, afirma o vereador.

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