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Mercosul (3). Cezar Schirmer anuncia, para 2010, eleições diretas ao parlamento do bloco

O deputado federal santa-mariense Cezar Schirmer é integrante do Parlamento do Mercosul. Foi escolhido por seus pares brasileiros, na Câmara, em Brasília. No organismo, preside uma das principais comissões, a que trata de questões econômicas, entre outras.

 

O parlamentar foi um dos palestrantes da Sessão Legislativa Especial ocorrida segunda-feira, no 1º Encontro de Cidades Integradas do Mercosul. E ali passou meio despercebido (o que é natural, afinal havia muita gente falando e fica difícil apreender tudo) um fato: o anúncio de que em 2010, concomitantemente às eleições gerais brasileiras, o cidadão poderá escolher também os integrantes do parlamento do bloco.

 

Cá entre nós, é um belo de um avanço. Exatamente como acontece no parlamento europeu que, imagino, deve ter servido de parâmetro. A propósito das manifestações de Schirmer, inclusive o que ele pensa acerca dessa novidade eleitoral do Mercosul, confira material distribuído aos veículos de comunicação, pela assessoria de imprensa do parlamentar:

 

“Podemos ser o maior bloco integrado do planeta, afirma

o deputado Cezar Schirmer

 

O deputado federal Cezar Schirmer participou, nesta segunda-feira (26/11) da Sessão Legislativa Especial na Câmara dos Vereadores de Santa Maria, que marcou o início das atividades políticas do I Encontro de Cidades Integradas do Mercosul e proferiu palestra com o tema Desafios da criação do Mercosul: História e Futuro da Integração.

 

O deputado, que é membro efetivo do Parlamento do Mercosul e preside a Comissão de Assuntos Econômicos, Financeiros, Comerciais, Fiscais e Monetários, falou sobre as potencialidades e peculiaridades dos países que integram o Bloco e lembrou que o Mercosul foi inspirado no processo de Integração Européia que iniciou em 1967 com seis países e hoje, passados 50 anos, é uma realidade e integra 26 Nações. Esses países, explicou Schirmer, superaram dificuldades, diferenças, conflitos, ódios e até guerras e conseguiram, através do fortalecimento da União Européia, reintegrar a Europa no cenário mundial. 

 

Citando a União Européia como exemplo, Schirmer afirmou que devemos buscar aqui a integração como um instrumento de inserção econômica, social e cultural dos povos. O deputado acredita que para se fortalecer, o bloco tem que superar as assimetrias entre os países, ou seja, cada qual abrir mão de algo em favor dos outros, em especial dos menores. Ele entende que esse é um grande desafio, entretanto reconhece que tem ônus para os países maiores, mas que há mecanismos de superação dessas dificuldades.

 

Na visão do parlamentar, a integração não é um país contra o outro. Não é o Brasil e a Argentina disputando a questão da indústria automobilística. Não é o Paraguai disputando com o Brasil as questões de Itaipu. Para Schirmer, integração não é a prevalência de um país sobre o outro. “Isso é conflito, não é integração”, afirma o deputado.

 

 O Mercosul, na visão de Schirmer, é uma necessidade para que possamos enfrentar não uns aos outros, mas desafios da nova realidade política que o mundo apresenta. O deputado salienta que juntos, somente quatro países do bloco-Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai-são responsáveis por abundantes reservas de gás natural, maiores reservas de água doce, minerais, climas e solos, além de uma fronteira agrícola quase inesgotável. “O Mercosul é o celeiro do mundo em grãos, carnes e frutas”, ressalta Schirmer. Outro ponto a favor do Mercosul, lembra o deputado, é diversidade cultural e étnica, com tudo isso, ele afirma que podemos ser o maior bloco integrado do planeta.

 

No decorrer da palestra Schirmer abordou outro ponto que considera crucial para o avanço da integração: tirar o Mercosul das mãos dos burocratas e dos gabinetes dos ministérios e passar para a sociedade civil. Para o deputado, questão de tamanha relevância tem que ter uma expressão muito mais ampla, tem que se aproximar mais dos povos dos países, das culturas. Os aspectos econômicos do Mercosul, segundo o deputado, deveriam ser tratados pelos empresários, “que conhecem o bom negócio, aquele que é bom para os dois lados”. Esses negócios, bem feitos, vão gerar mais empregos e mais negócios. “Tem que inserir os empresários de forma mais efetiva”, propõe Schirmer. Schirmer também acredita que é necessário envolver mais os políticos e os homens públicos, porque eles têm a visão mais ampla e a sensibilidade aguçada para resolver conflitos.

 

Por fim, o parlamentar divulgou que em 2010 haverá eleições diretas para o Parlamento do Mercosul. A população dos países integrantes do Bloco vai poder eleger seus representantes. É um avanço no plano político, comemora Schirmer.

 

Todas estas questões abordadas na palestra, só reforçam a opinião do deputado de que o Mercosul é um grande instrumento de superação de dificuldades e não de acirramento das mesmas. Para tanto, o parlamentar defende a ampliação do Bloco, “precisamos mais Mercosul e não menos Mercosul”. Para Schirmer todas as Nações que se integraram obtiveram bons resultados. Ele finalizou afirmando que o fortalecimento do Mercosul é um desafio para pessoas que enxergam alto, longe. “Juntos seremos muito mais fortes”, concluiu.”

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