ELEIÇÕES 2022. Assembleia Legislativa recebe a proposta do TRE para combate às desinformações
“Acordo de Cooperação” será avaliado pelos partidos com vaga no parlamento
Distribuído pela Assessoria de Imprensa do Deputado Valdeci Oliveira
Uma proposta de parceria entre Parlamento gaúcho e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul para o combate à desinformação acerca das eleições e, mais particularmente, do processo eleitoral e seus respectivos procedimentos e protocolos como um todo, foi a tônica do encontro realizado nesta terça-feira (31) na presidência da Assembleia Legislativa.
Na reunião, que contou com a participação de dirigentes do TRE e líderes de partidos com assento no Legislativo, foram entregues cópias da minuta do Acordo de Cooperação elaborada pelo tribunal para análise e consideração das legendas. “A ideia é conversarmos de forma mais tranquila possível, democrática e transparente. Estamos abertos ao diálogo”, afirmou a vice-presidente do TRE e corregedora da instituição, desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak.
“Ninguém melhor para nos aproximar da população do que vocês”, completou o desembargador Jorge Dall’Agnol, destacando a capilaridade alcançada pelo trabalho parlamentar junto da sociedade. “Não se trata, de forma alguma, de censura, mas de atuarmos contra o que não é verdadeiro”, completou Dall’Agnol, lembrando que o tema das informações falsas que levam ao descrédito da população em relação às eleições foi uma das preocupações levadas pelo chefe do Parlamento, deputado Valdeci Oliveira (PT), à posse da nova gestão do Tribunal duas semanas atrás.
De fato, o combate às fake news, aos discursos de ódio e as reiteradas dúvidas lançadas inclusive por governantes quanto a legitimidade e integridade das urnas eletrônicas, entre outros aspectos, foram externadas por Valdeci desde a sua posse como chefe da ALRS, no final de janeiro. “Uma das primeiras medidas como presidente da Casa legislativa foi justamente nos colocarmos à disposição do TRE no que diz respeito à defesa do processo eleitoral e da democracia. E desse horizonte não há chance de recuarmos. Precisamos, enquanto sociedade, permanecermos em constante vigilância”, afirmou Valdeci na saída do encontro.
De acordo com o documento entregue aos parlamentares, os partidos políticos se comprometem a atuar como agentes colaboradores da Justiça Eleitoral (JE), esclarecendo, com informação confiável e de qualidade, seus quadros e cidadãos em geral sobre os procedimentos e funcionamento do processo de votação; a participar ativamente da fiscalização de todas as fases do processo de preparação e execução do pleito e do processamento eletrônico da totalização dos resultados (inclusive verificando a integridade e segurança de ambos), colaborar com a construção de um ambiente de transparência informacional e desestimulando os casos de informações falsas com a adoção de estratégias preventivas e de contenção de seus efeitos negativos.
A minuta, elaborada pelo Comitê de Enfrentamento à Desinformação do tribunal, criado a partir de um Grupo de Trabalho montado em 2018, destaca ainda que os partidos políticos deverão se opor a práticas ou expedientes de utilização, divulgação ou compartilhamento de fatos sabidamente falsos, inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinjam a integridades do processo eleitoral e, em especial, da votação, apuração e totalização dos votos.
“Se tratam de termos claros, situações concretas e possíveis de serem cumpridas, buscadas. Os tempos atuais têm nos mostrado que a nossa democracia é, como em qualquer lugar, muito frágil e que precisa de constante proteção. E esse é um compromisso que assumo como democrata que sou, que já viveu sem democracia e sabe o quanto isso é maléfico e danoso para o país”, avaliou Valdeci, acrescentando que um retorno ao tribunal será dado o mais breve possível. “Em 2022, provavelmente será mais forte do que nunca (as campanhas de informações falsas). E mais forte que nunca deve ser a nossa preocupação, uma preocupação que deve partir dos entes públicos”, ponderou Jorge Dall’Agnol.
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