ELEIÇÕES 2022. Desfecho da posição do MDB vai mesmo à convenção, em embate sem fim previsível
Opções de candidatura própria ou o apoio a Leite provocam divisão histórica
Reproduzido do Site do Correio do Povo / Texto da colunista Taline Oppitz
O impasse envolvendo os rumos do MDB na eleição ao Piratini tem data para ser resolvido: dia 31, quando ocorrerá a convenção partidária. O encontro, aliás, promete ser palco de um embate sem precedentes na história recente do partido. O MDB conta com diferentes alas, perspectivas completamente distintas sobre o caminho a ser tomado. O clima é de confronto, tensão e de ânimos pra lá de acirrados.
Na convenção, na qual cerca de 500 pessoas têm direito a voto, que é secreto, incluindo os integrantes do diretórios estadual e delegados dos municípios, duas possibilidades estarão na mesa. O apoio ao pré-candidato do PSDB, Eduardo Leite, que têm angariado mais apoiadores desde a passagem por aqui do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, ou o protagonismo com Gabriel Souza. O deputado estadual irá inscrever seu nome na convenção no prazo previsto.
Lideranças reconhecem que o cenário nunca foi tão complexo, até porque ala considerável de emedebistas gaúchos é bolsonarista e teria, como voto prioritário, já no primeiro turno, o do representante do PL ao Piratini, Onyx Lorenzoni. Nesta quarta-feira, em reunião quente da executiva, foi definido que Onyx será formalmente ouvido.
O desfecho após os embates e confrontos que marcarão a convenção terá reflexo direto nacionalmente. Dirigentes do MDB são claros ao reconhecerem que, no caso de a candidatura própria ser avalizada na convenção, a cúpula nacional do PSDB não vai titubear e irá retirar o apoio anunciado à pré-candidata do MDB ao Planalto, Simone Tebet. Não por acaso, o mais cotado para vice, Tasso Jereissati, não foi oficialmente confirmado.
A situação de Tebet, aliás, está longe de ser confortável. Ela já está inscrita na convenção do MDB nacional e deve receber o aval dos convencionais, mas na hora da urna, emedebistas se dividirão, majoritariamente, entre Jair Bolsonaro e Lula.
Impasses não são exclusividade
Os impasses nas alianças não são exclusividade do MDB e do PSDB. O PSB, de Beto Albuquerque, e o PDT, de Vieira da Cunha, não conseguem avançar nas articulações. Nenhum dos dois abre mão da cabeça de chapa.
Com a convenção dos socialistas marcada para sábado, o PDT ficou de dar uma resposta definitiva até sexta-feira. E ela deve ser um belo não. Em tempo: no sábado, Vieira e dirigentes trabalhistas irão jantar, no Litoral Norte, na casa de Gabriel Souza. Também estarão presentes outras lideranças do MDB gaúcho.
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Grande verdade é que uma bolha assiste estas novelas, quem vai concorrer, quem não vai. Grande maioria não está nem aí, só toca a vida. Afinal, problema dos politicos são dos politicos, os da população são outros.
MDB será coadjuvante do PSDB.
Aqui no RS inverte protagonismo. MDB gaúcho murchou.