Então, tá. Se o Lula diz que existe política de governo e não de ministro, como não crer?
Aconteceu nesta segunda-feira a primeira reunião formal do ministério de Luiz Inácio Lula da Silva para o mandato já em andamento desde janeiro. É verdade que está caindo de madura uma substituição – a do titular da pasta da Defesa, Waldir Pires, que esquenta o banco para Aldo Rebelo, que deve assumir ali na esquina. Em alguma esquina perto, supõe-se.
Mas, enfim, no discurso presidencial, Lula deixou claro que não existe uma política de ministro, mas de governo. É o óbvio a ulular com a força de milhões de pulmões. Alguém por acaso pensa diferente? Claro que não. Todos os titulares de algum setor do governo, embora pertençam a nove partidos diferentes, por certo estão unidos em torno do objetivo comum: o governo e suas propostas.
Gente!!! Só há duas coisas que unem o governo federal. Uma é o próprio Lula, que paira acima inclusive de seu próprio partido, o PT. Outra é a ambição individual dos ministros ou (mais raramente) coletiva das agremiações mais fortes – que pensam na sucessão do atual presidente.
A par disso, porém, é importante que o comandante dê as suas diretrizes e veja-as cumpridas. Isso é bom para a Nação. No entanto, seria purismo (ou puritanismo) acreditar que não existam interesses individuais. Já estará de bom tamanho, para Lula, se eles não se sobrepuserem ao principal. Que é, aparentemente, a meia ou nem isso dúzia de PACs (econômico, educacional, saúde e eventualmente segurança e algum outro paquinho). Se isso funcionar, Lula sairá do Planalto maior do que entrou, em janeiro de 2001.
Agora, que o discurso tinha que ser feito, sim. Mesmo que para marcar posição ou enquadrar algum ministro mais saliente – que eles existem e não são poucos. Ou ainda para a distinta platéia – no caso, a sociedade brasileira. Toda ela, e não a estridente que anda por aí na mídia grandona.
SUGESTÃO DE LEITURA – leia aqui a reportagem Lula diz que não existe política de ministro, mas política de governo, de Patrícia Zimmermann e Gabriela Guerreiro, repórteres da Folha Online em Brasília.
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