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SAÚDE. Pandemia impacta expectativa de vida no Rio Grande, mostra um estudo do governo estadual

Ao nascer, em 2020, se esperava que os gaúchos vivessem 78 anos. E agora...

Reproduzido do jornal eletrônico SUL21 / Com informações da Secretaria Estadual de Planejamento

A expectativa de vida ao nascer no Rio Grande do Sul chegou aos 77,45 anos em 2020, um aumento de 0,19 ano na comparação com os dados finais de 2019, quando atingiu 77,26 anos. Apesar da alta, os números de 2020 já mostram o impacto da covid-19 entre as principais causas de mortes, com um total de 9.241 óbitos registrados pela doença, o que representou 10% do número total de mortes no ano (92.791). Sem considerar a pandemia, a expectativa de vida da população gaúcha ao nascer chegaria a 78,48 anos em 2020.

Os dados foram divulgados na última terça-feira (26) e integram o estudo “Indicadores de mortalidade para o Rio Grande do Sul e seus Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) — 2010-20”, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), o qual mostra a manutenção da diferença de mais de sete anos na expectativa de vida de homens e mulheres no Estado. Enquanto para a população feminina a expectativa chega a 80,99 anos, para a masculina é de 73,87 anos.

Entre as principais causas de mortes no RS em 2020, as doenças do aparelho circulatório (22,7%) continuaram em primeiro lugar, seguidas das neoplasias (câncer), com 20,7%. As doenças infecciosas e parasitárias, categoria na qual se inclui a covid-19, saltaram do nono lugar em 2019 para o terceiro lugar no ranking de 2020 (13,5%) com as doenças do aparelho respiratório (8,6%) na quarta posição. A população masculina registra maior número de mortes em relação às mulheres entre as quatro principais causas, mas a maior diferença entre os sexos é encontrada nas mortes por causas externas, quinta no ranking geral no Estado, em que os homens morrem 3,72 vezes mais do que as mulheres.

Em relação a 2010, primeiro ano avaliado no estudo, a expectativa da população do RS subiu 1,86 ano, passando dos 75,59 anos para os atuais 77,45. A diferença entre os sexos manteve diferença acima dos sete anos ao longo de todo o período, passando de 7,49 anos em 2010 para os 7,12 de 2020.

Quanto aos números da população gaúcha, em 2020 o Rio Grande do Sul contava com 11.422.973 habitantes, um aumento de 508.178 pessoas na comparação com 2010. Em uma década, o percentual de pessoas com 60 anos ou mais no Estado aumentou de 13,6% em 2010 para 18,8% em 2020. Na outra ponta da faixa populacional, o percentual de pessoas entre 0 e 14 anos no RS caiu de 21,4% para 18,2%, uma redução de 257.561 pessoas. Na faixa de 15 a 59 anos, o percentual passou de 65,1% para 63,1%.

As informações do material, elaborado pela pesquisadora Marilene Dias Bandeira, foram obtidas a partir de dados do DEE, do Departamento de Informática do SUS (DataSUS) – vinculado ao Ministério da Saúde, e da Secretaria de Saúde do RS.

O estudo do DEE/SPGG traz ainda os dados da expectativa de vida média ao nascer entre as 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Coredes). No período entre 2018 e 2020, uma pessoa da região do Corede Nordeste tinha expectativa de viver 80,55 anos, a maior do Estado. Na outra ponta do ranking, no Corede Campanha a expectativa é de 75,56 anos. A diferença entre as regiões ficou em 4,99 anos, pouco menor que o estudo anterior, do período 2017-2019, quando a diferença era de 5,53 anos.

No topo do ranking da expectativa de vida no Estado, seguem o Corede Nordeste o Corede Norte (80,28 anos), Corede Vale do Jaguari (80,13 anos) e Corede Rio da Várzea (79,71 anos). Na parte inferior da lista, os coredes Sul (75,85 anos), Vale do Rio dos Sinos (76,02 anos) e Paranhana-Encosta da Serra (76,12 anos) fecham o relatório.

Os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) foram criados oficialmente pela Lei 10.283 de 17 de outubro de 1994 e são um fórum de discussão para a promoção de políticas e ações que visam o desenvolvimento regional. Atualmente, o Estado conta com 28 Coredes, que são espaços para promoção do debate e elaboração de diagnósticos sobre a realidade local e formulação e implementação de políticas de desenvolvimento integrado das regiões.

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