A nova era da internet – por Michael Almeida Di Giacomo
O articulista e a implantação (gradativa) da rede “5G” para os brasileiros
A legislação que permite “Licença na Hora para Estações Transmissoras de Radiocomunicações” é o diferencial de Porto Alegre – em relação às demais capitais brasileiras, a permitir que a cidade seja pioneira na liberação da rede 5G no Brasil.
A nova tecnologia desde a última sexta-feira já está à disposição de muitos porto-alegrenses, quando o sistema de banda larga móvel – em muitos bairros da cidade -– passaram a oferecer a internet 5G. Isso, claro, aos usuários que já têm seus smartphones habilitados para receber o serviço.
A rede 5G é um passo evolutivo, ou, se preferir, um avanço tecnológico, que tem capacidade para aumentar os padrões de velocidade de conexão – num número de 50 a 100 vezes ao atual 4G – e, também, o número de usuários simultâneos.
É uma gama de possibilidades que o uso da 5ª geração de banda larga móvel nos propiciará, tais como a redução do consumo de energia, procedimentos específicos na área de segurança e o uso “inteligente” de bens e produtos em residências, hospitais, comércio e indústria, entre outros.
Os avanços, por óbvio, serão gradativos, pois a implantação da tecnologia ocorrerá até o ano de 2029. A partir do aumento no número de usuários, a ampliação da concretização da chamada “internet das coisas”, será possível com a conectividade por área entre aparelhos.
É preciso ter ainda paciência para ter acesso a toda tecnologia que o 5G pode nos oferecer, pois há muitas funções que ainda não estão disponíveis. Contudo, eu, por exemplo, por ser morador do bairro Menino Deus, já pude perceber uma maior velocidade de conexão, estabilidade e baixa latência – que é o tempo de resposta da rede.
Com esse novo padrão de tecnologia, não há como duvidar, nossas vidas sofrerão mudanças significativas.
É um pouco do que falava Joseph Schumpeter, ao escrever sobre a teoria de “destruição criativa”, o processo de retroalimentação do sistema capitalista – um impulso que mantém o sistema em funcionamento e que necessita de novos bens de consumo e novos métodos de produção.
Em sua época, Schumpeter não poderia prever que a teoria que tanto defendeu poderia ser aplicada a uma tecnologia que realmente serviria para mudar completamente a forma como fazemos as coisas, aqui, em nosso século.
Por ora, é de dizer que o progresso baseado na inovação impõe ao poder público e aos agentes políticos uma série de desafios a fim de adequar a nossa realidade aos novos meios, a impulsionar novos mercados, relações de consumo, ensino, cultura, segurança pública, inclusão social e garantia dos direitos da cidadania.
E, nesse aspecto, uma vez que vivemos em uma sociedade dependente de mais informações em questões relativas à vida pessoal e ao trabalho, o acesso a serviços e produtos, por meio da rede mundial – de forma prática e inovadora, é pedra capital na história que vivenciaremos e construiremos no século XXI.
É uma nova era da internet. Uma nova era da humanidade.
(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às quartas-feiras.
Nota do Editor: a imagem (sem autoria determinada) que ilustra este artigo é uma reprodução obtida na internet. Você pode, por exemplo, encontrá-la AQUI.
Cobertura 4G ainda não chegou a 100% dos municipios brasileiros. Esta em mais de 99, mas não atingiu a totalidade. Liberação e implantação são coisas diferentes, sem mencionar a 5G em espectro compartilhado. ‘Perceber’ e ‘medir’ também são coisas diferentes. Se a rede 4G não ficou pronta para a Copa do Mundo no Brasil não há porque acreditar que a meta de implantação da 5G será cumprida. Até porque o investimento é muito maior. Resumo da opera é simples, na outra semana a midia tradicional estava sem assunto no RS e resolveram hypear o 5G e a carteira de identidade nova. Ou talvez incentivar a compra de novos aparelhos celulares. Engraçado foi um bando de jornalistas falado do que não sabem, pessoal de humanas tem este cacoete, só porque ‘gostam de tecnologia’ acham que sabem alguma coisa e dai para falar do que não sabem é um pulinho.