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ESTADO. Plano de Governo de Eduardo Leite foca na continuidade do ciclo começado na gestão Sartori

Programa afirma que o Rio Grande do Sul vive uma oportunidade histórica

Programa Leite traz afagos à gestão de seu antecessor, comandada pelo MDB, partido do hoje candidato a vice Souza (Foto Divulgação)

Por Maiquel Rosauro

O Plano de Governo que Eduardo Leite (PSDB) propõe para um novo mandato à frente do Palácio Piratini é marcado por afagos ao MDB e por um sentimento de esperança em relação ao crescimento do Estado. O projeto trata vagamente da renúncia do tucano ao cargo, hoje ocupado por Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).

O documento tem 58 páginas e é dividido em cinco grandes eixos: social e qualidade de vida, ambiental e infraestrutura, econômico, gestão e fiscal. Seu título é Crescer Juntos e traz na capa uma foto de Leite ao lado do vice Gabriel Souza (MDB).

O capítulo de apresentação é um dos mais interessantes, pois traz consigo todo um esforço para explicar a atual situação política da coligação liderada por Leite.

“O Rio Grande do Sul vive um momento de esperança. O ciclo 2019-2022 aproxima-se do fim com um clima positivo de resultados, transformação e afirmação do projeto que conduz o Estado há duas gestões”, diz o primeiro parágrafo da apresentação, indicando que o atual governo tucano é uma continuação do mandato de José Ivo Sartori (MDB), que esteve no Piratini entre 2015 e 2018.

Outro afago ao governo emedebista ocorre no texto seguinte, assinado pelo próprio Leite, onde ele diz que a gestão 2015-2018 cumpriu um papel fundamental de transparência sobre a situação estrutural do Estado e apontou caminhos para a saída da crise financeira. Contudo, ao longo de todo o documento, o nome de Sartori não é citado nenhuma vez.

Também não é citado no plano o fato de Leite ter renunciado ao governo do Estado para tentar concorrer à Presidência da República. Porém, o documento é honesto ao salientar que a atual gestão foi liderada de início por Leite e hoje segue nas mãos de Ranolfo.

Mais do que propostas de gestão, o plano busca propagandear os feitos do atual mandato. Estão listadas conquistas em cada diretriz de atuação. Em saúde, por exemplo, são citados investimentos em hospitais.

“Houve investimento em 102 hospitais – com destaque para o Hospital Regional de Santa Maria –, distribuição de recursos a 428 municípios por meio do programa Rede Bem Cuidar e de medicamentos a 446 prefeituras com o Farmácia Cuidar Mais, além do projeto da Farmácia Digital”, diz trecho do plano.

Destaque também para a volta do pagamento dos salários em dia do funcionalismo após 57 meses e as privatizações de CEEE-D, CEEE-T, CEEE-G e Sulgás, que mobilizaram receita em suas vendas de R$ 4,6 bilhões.

O plano salienta que o Estado vive uma oportunidade histórica onde será possível manter o equilíbrio financeiro e a retomada da capacidade de investimento.

“Não podemos permitir que os populismos sequestrem a esperança proporcionada por uma gestão responsável. Não podemos colocar em risco um projeto estratégico de gestão que é resultado do esforço e da colaboração de forças políticas do centro democrático. É tênue o equilíbrio conquistado até aqui, pois passivos estruturais ainda rondam a normalidade financeira do setor público gaúcho”, diz o próprio Leite em artigo publicado no plano.

Acesse a íntegra do projeto de Leite (AQUI).

Série

O Site já publicou outras duas matérias sobre os Planos de Governo dos candidatos a governador. Confira:

Edegar Pretto (PT), PUBLICADA em 13 de agosto

Roberto Argenta (PSC), PUBLICADA em 12 de agosto

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