ESTADO. Vieira da Cunha propõe, no seu Plano de Governo, reformulação do modo de governar o RS

Por Maiquel Rosauro

Uma nova visão de Estado é a discussão sugerida pelo candidato a governador do Rio Grande do Sul, Vieira da Cunha (PDT), em seu Plano de Governo. O pedetista defende que o “Estado mínimo” é uma ideologia ultrapassada e que nos últimos 20 anos provocou piora na qualidade dos serviços e aumento de tarifas.

“A pandemia da Covid-19 mostrou a importância do Estado na liderança e coordenação de ações conjuntas com a sociedade civil. Os países que tiveram uma condução ativa e competente por parte de seus governos conseguiram salvar vidas sem comprometer significativamente suas economias (caso da Nova Zelândia, por exemplo)”, diz trecho do documento.

O plano critica a postura negacionista do governo de Jair Bolsonaro (PL) na condução da pandemia e os governos gaúchos que venderam estatais. O programa diz que só haverá avanços com uma total reformulação no modo de governar o Estado via implantação de um Projeto Gaúcho de Desenvolvimento (PGD) – título do documento de 60 páginas.

As propostas do candidato estão divididas em diferentes áreas, como educação, saúde, segurança, gestão, finanças, agropecuária, indústria, turismo, desenvolvimento regional, entre outras. Em cada setor é feito um longo diagnóstico sobre potencialidades e dificuldades enfrentadas.

Na segurança, por exemplo, Cunha aponta que os altos índices de criminalidade guardam relação com fatores como infraestrutura e saneamento básico precários, exclusão, desemprego ou oferta de emprego de baixa qualidade e baixa escolaridade e altos índices de evasão.

“Logo, a redução da violência passa também por políticas públicas para as áreas de água, saneamento e esgoto, emprego e renda e educação. Entretanto, os órgãos de segurança são parte fundamental no processo de prevenção e repressão aos delitos, bem como na tarefa de ressocialização dos criminosos”, diz o plano.

Para a educação, setor apontado como trágico, Cunha propõe, entre outras medidas, aumentar gradativamente os investimentos em Educação, visando a alcançar o percentual de 35% da receita líquida estabelecido na Constituição Estadual; investir na recuperação da estrutura das escolas, com a criação de uma força tarefa que agilize o andamento dos processos administrativos e burocráticos; e contratar mais profissionais (nutricionistas e técnicos em nutrição) para atendimento da rede estadual de ensino.

Na área de turismo, o pedetista propõe apoiar o desenvolvimento de startups e novos clusters de turismo; incentivar a exploração do potencial turístico de mais regiões e municípios do Estado (além da Serra Gaúcha); aumentar a divulgação de destinos, roteiros e eventos turísticos gaúchos (principalmente para outros estados) e atrair turistas de outros países do Mercosul.

Se eleito, o candidato manterá o controle estatal do Banrisul e do Badesul, com gestão responsável, eficiente e sustentável, garantindo a rentabilidade e o retorno econômico e social à sociedade.

“Constata-se que o Banrisul tem sido lucrativo, tendo obtido rentabilidade de aproximadamente R$ 950 milhões em 2021, uma elevação de 30% em comparação ao ano anterior. O mesmo vem ocorrendo com o Badesul, com lucro de R$ 21,1 milhões no ano passado, um incremento de 61% em comparação a 2020”, diz o documento.

Confira, na íntegra, o Plano de Governo de Vieira da Cunha (AQUI).

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