Uma reflexão sobre a nossa falência institucional – por Giuseppe Riesgo
Então, “o que mais sentimos é o mesmo cansaço de 2018, se não maior”
Um dos fatos marcantes da semana foi, sem dúvida alguma, a posse do controverso Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por lá, tivemos de tudo: ex-presidente cassado por atentar contra as contas nacionais, ex-presidente condenado e preso em duas instâncias processuais e ex-presidente que quebrou o país com planos econômicos fracassados, mas que ainda segue parasitando a sociedade em um eterno jogo de poder e controle sob sua base eleitoral, no Maranhão.
Tivemos, além disso, um festival de gafes e cochichos, aos cantos, de uma elite política que se reveza no poder e enfraquece nossas instituições.
E esse tem sido o resumo do cansaço que a política nacional tem causado junto a uma parcela significativa da população brasileira. A sofisticação esgotou o eleitor. E desse sentimento, veio o fenômeno de revolta e o consequente resultado das urnas em 2018. Aquele fenômeno eleitoral foi uma reação. Uma insurgência aos mesmos de sempre e aos parcos resultados sociais que a política tradicional entregou à população brasileira.
Só que essa percepção não passou. Quatro anos depois, o que mais sentimos é o mesmo cansaço de 2018, se não maior. A falência institucional segue perceptível, os resultados sociais seguem insuficientes e as necessidades seguem aumentando. Ou seja, a nossa democracia, tão vangloriada, segue prometendo muito e entregando pouco. E, por obvio, a população percebe.
Foi por isso que o NOVO se formou e entrou na política nacional. Porque percebemos o desgosto e sentimos a falência – política e institucional -, do Estado brasileiro em melhorar as condições de vida do povo brasileiro. O nosso Estado é caro, mas também pesado. No atual sistema político, o ônus suportado pela população não traz seu bônus. A realidade? Todos nós sentimos a carga estatal apenas na hora de pagar a conta (e isso precisa mudar).
Por isso precisamos de uma revolução política e institucional nesse país. Atuar e contribuir ativamente com a mudança que nós queremos. A democracia pressupõe participação e isso vai muito além de votar.
Se as instituições não funcionam, a democracia vira um sistema político repleto de boas intenções (e só). O Estado brasileiro tem, infelizmente, se resumido a isso: um conjunto de promessas e poucas entregas sociais. Que sejamos, no outubro próximo, a mudança que todos nós queremos nesse país.
(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.
Na Argentina acontecem manifestações significativas. Economia. Governo não tem muito o que fazer por lá, mas se procurarem corrupção não deve ser dificil encontrar. Muitos que tinham grana foram para Miami e os endinheirados que ficaram fingem que está tudo normal. Resumo da opera é simples, no Brasil a população está cansada, mas se sentirem o cheiro de KK é 2013 de novo. E o Novo? Só no nome.