BASTIDORES. Luci, Burmann, segundo turno, e a aproximação entre pedetistas e petistas para 2024

Por Maiquel Rosauro

A vereadora Luci Duartes – Tia da Moto (PDT) reuniu-se com algumas das principais lideranças petistas de Santa Maria, na quinta-feira (6), e anunciou que no dia 30 de outubro votará em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República. No mesmo dia, o ex-candidato a deputado federal Paulo Burmann (PDT), em uma live em sua fanpage, fez críticas aos cortes na educação e na saúde promovidas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e sinalizou para Lula.

“Usando do bom senso e da esperança de um país livre , sem preconceito, sem homofobia, com valorização da educação, dos educadores, dos trabalhadores… Nossa equipe “Família Tia da Moto” Vereadora Profª Luci Tia da Moto, assumimos nossa posição . Agora é 2 L … Lula / Luci”, postou a vereadora no Facebook.

Burmann, por sua vez, pediu para seus seguidores refletirem em um voto para o candidato que, nas palavras dele, “defende a ciência, a educação, a saúde e a vida”.

Ideologicamente, não há surpresa no caminho tomado pela dupla, visto que o PDT, em nível nacional, também se uniu a Lula. Contudo, o movimento local vai além do segundo turno da eleição deste ano, já mirando em 2024.

Nas últimas duas eleições municipais, em 2016 e 2020, os trabalhistas apostaram suas fichas na candidatura do radialista Marcelo Bisogno à Prefeitura. Em ambas, ele terminou na quarta colocação e, ao mesmo tempo, Luci foi a única candidata do partido que conquistou vaga na Câmara. É pouco para uma legenda com a tradição do PDT.

Existe no partido (e até fora dele) o sentimento de que não é possível seguir o mesmo enredo pela terceira eleição consecutiva e as mudanças devem iniciar ainda este ano. Nos bastidores da legenda, há um movimento que ensaia a realização de uma eleição para a Executiva Municipal do PDT, que hoje é liderada por Bisogno de maneira provisória.

Em outra frente, é evidente que Luci costurou uma aproximação com os petistas nos últimos três anos. Já existem acenos para que ela seja a candidata a vice-prefeita em uma chapa liderada pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT). Porém, até para essa possibilidade já existiria concorrência.

Fontes do Site analisam que, se Bisogno sair de cena, um bom vice para Valdeci seria o seu pai, o também radialista Vicente Paulo Bisogno, ex-vereador e ex-candidato a vice-prefeito pelo PDT, em 2004, na chapa liderada por Cezar Schirmer (MDB). Naquele ano (AQUI), Valdeci foi reeleito prefeito com 51.932 votos (35,04%) contra 51.063 (34,45%) de Schirmer, 44.461 (30%) de José Haidar Farret (PP) e 751 (0,51%) de Alda Olivier (PSTU).

Os pedetistas estudam reforçar o time de candidatos ao Parlamento, trazendo Marcelo Bisogno para concorrer novamente à Câmara. O radialista seria um puxador de votos natural, o que poderia garantir mais assentos ao pedetismo, visto que até hoje ele é o recordista de votos ao Legislativo, com 8.713 votos em 2012 (AQUI), feito que ninguém conseguiu repetir nas últimas duas eleições.

Ainda é cedo

Pelo lado dos petistas, fontes do Site indicam que as conversas para 2024 vão iniciar após o segundo turno deste ano. O foco, agora, é eleger Lula presidente. E, de preferência, com todo apoio local possível. Mas é inegável que, para o próximo pleito municipal, Valdeci é o petista favorito para concorrer à Prefeitura.