Por que precisamos de pessoas capacitadas nos Cargos Públicos? – por Paulinho Salerno
A escolha de representantes que “acreditam na capacidade dos municípios”
O último fim de semana foi marcado pela ida dos brasileiros às urnas, no momento mais valioso do processo democrático. Escolher representantes é uma tarefa árdua em qualquer campo e é admirável a coragem daqueles que colocam seu nome à disposição dos cargos públicos. Como vereador, prefeito reeleito de Restinga Sêca e presidente da Famurs eu acredito na política e no seu poder de transformação social. A vida pública, sabemos bem, é abrir mão de diversas situações, em prol do bem comum, especialmente porque as pessoas depositam a confiança no trabalho de cada um de nós.
Já faz alguns anos que, no Brasil, vivemos uma polarização política, impossibilitando a chance de que outros bons líderes possam conseguir apresentar projetos que contemplem as carências de um país tão diverso, mas que, como costumeiramente digo, possuem problemas iguais, em diferentes proporções.
Já tratamos aqui sobre a importância de resolver o déficit habitacional; a questão da preservação ambiental, através da coleta inteligente dos resíduos; das necessidades de investimento em saneamento básico, implicando no bem estar, a implementação de políticas de inovação e também as necessidades da educação. Muitas destas necessidades são interdependentes e, por muitas vezes, são postas de lado pelas pessoas que foram escolhidas para, teoricamente, resolvê-las.
Mas o Estado também precisa entender as necessidades dos municípios, não como despesas aos cofres públicos, mas investimentos e avanços em todos os sentidos. A começar, como batemos na tecla da saúde, que sempre é vista como uma grande vilã, pelo viés da economia, mas que reflete nas demais questões.
A inovação precisa ser constante em todos os campos, mas ainda estamos andando a passos lentos, por um fraco entendimento do poder público no tangente à tecnologia. Esta talvez ainda esteja muito atrelada à iniciativa privada, o que não é totalmente verdade, uma vez que existem exemplos muito claros em todo o mundo, adaptáveis à nossa realidade. Ao menos é preciso pensar nestas questões e discutir a viabilidade, não se limitando a dizer que não há saída ou enxergando como mais um custo.
Precisamos de pessoas que sejam profissionais na gestão pública, pois o tempo de fazer política de palanque já se foi. A era da rede social também é a era da vigilância e quem está no poder está sempre sujeito à cobrança em tempo real.
Por isso digo que o momento de escolher nossos representantes deve levar em consideração muitos fatores, mas especialmente saber quem são aqueles que verdadeiramente entendem o problema em sua raiz e acreditam na capacidade dos municípios e não meras figuras com um discurso que não tem efeito prático.
Precisamos de um Estado que esteja próximo e seja capaz de dialogar com quem vive o dia a dia e que é constantemente cobrado em solucionar problemas reais. Não cansamos de dizer: é no município que tudo acontece.
(*) Paulinho Salerno é prefeito municipal de Restinga Sêca e presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Ele escreve no site às quintas-feiras.
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