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Receber um mandato, cumprir um dever – por Giuseppe Riesgo

'Paciência e maturidade para examinar os resultados e reavaliar rumos do Novo'

No último domingo, depois de um período de campanha que, embora exaustivo, deu-me a oportunidade de conhecer ainda melhor o povo gaúcho e, especialmente, o povo santa-mariense, aguardei o resultado com a tranquilidade do trabalho bem feito: foram 28.209 votos, quase o dobro da votação que me elegeu deputado estadual em 2018. Em Santa Maria, recebi mais de 10 mil votos, fui o terceiro candidato mais votado. Um aumento muito expressivo, mas insuficiente para a reeleição.

Infelizmente, o meu partido (o NOVO) não obteve o número de votos necessários para eleger a segunda cadeira. A primeira ficará com o atual vereador Felipe Camozzato, um querido amigo, a quem parabenizo pela vitória e que, a exemplo do que fez na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, realizará um grande trabalho na Assembleia. Quanto ao NOVO, que permanece sendo uma inspiradora ideia de integridade e renovação, é preciso que tenhamos paciência e maturidade para examinar os resultados e reavaliar os rumos do partido.

De qualquer forma, tenho muito orgulho de ter recebido um mandato do povo gaúcho, assim como muito me honram os votos recebidos nesta eleição. Aumentar expressivamente uma votação, sem uso de fundo eleitoral, com uma equipe enxuta, mas engajada, é um êxito, uma vitória que demonstra que o trabalho na Assembleia Legislativa foi bem muito feito, com a confiança inicial em mim depositada praticamente duplicada. O povo me concedeu um mandato e, em minha avaliação, cumpri meu dever.

Conseguimos derrubar um pesado aumento de impostos; batalhamos para que as escolas e as empresas voltassem a abrir, quando o “fique em casa” se estendia muito além do razoável; desburocratizamos a vida de mais de 200.000 empresas; revogamos leis inúteis; pressionamos o governo para que atendesse às demandas mais urgentes do pagador de impostos; combatemos um cabedal de privilégios do alto escalão do funcionalismo público; lutamos para que as empresas estatais e o Tribunal de Contas contassem com indicações técnicas, como manda a lei. Enfim, não foram poucas as realizações e é por isso que, apesar de lamentar o resultado de domingo, sinto-me muito tranquilo ao olhar para trás.

Mas não só isso: também é hora de olhar pra frente. Cumprirei meu mandato até o último dia, com a mesma energia e senso de dever. E mais ainda: agora tenho uma responsabilidade duplicada. Mais gaúchos, muito mais santa-marienses depositaram sua confiança e esperança naquilo que apresentei, nas ideias, nas propostas, nas realizações. A minha trajetória não termina aqui. Ao contrário: o sinal recebido com esta expressiva votação é de que devemos continuar e persistir. Portanto, sigo à disposição da população, sigo à disposição de todos aqueles que não têm a proteção de corporações e grupos de interesses, sigo à disposição daqueles que acreditam em um Estado mais próspero, mais livre, com mais oportunidades para que as pessoas trabalhem e empreendam. Aos 28.209 cidadãos que votaram em mim, recebam o meu agradecimento e, como se espera de quem ingressa na vida pública, contem comigo. Seguirei a serviço de vocês!

(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.

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2 Comentários

  1. Amostras pequenas dizem nada. É um periodo de transição. Tebet declarou apoio. Ficou em terceira na votação para presidente no proprio domicilio eleitoral. Efeaga irrelevante. Apoio com restrições, em cima do muro. Se der certo apoiou, se der errado tinha restrições. Celso de Melo acredita que muda o voto de muita gente, irrelevante. Não muda o resultado, tirar a diferença de 5% dos votos não é facil, é muito voto. Bancada no Congresso é majoritariamente conservador, mas quantos são ‘pagando bem que mal tem’? Onde está a transição? Marchezan era deputado federal. Em 2014 fez 119 mil votos. Elegeu-se prefeito de POA com 213 mil votos. Chutou saco de muita gente, comprou brigas. Na reeleição não foi para o segundo turno,, ficou nos 136 mil votos. Nesta eleição tinha candidato a governador, primeiro nas pesquisas. Pela logica, antes da apuração não seria facil imaginar que seria eleito. Se mantivesse a metade da votação da capital e ganhasse mais uns votos no interior provavelmente seria eleito. Não rolou ficou com pouco mais de 60 mil votos (tem gente que diz que ‘foi bem’). Bom lembrar do caso do Fabiano também.

  2. Somando os votos do candidato com os do candidato a governador do Novo são dois quocientes eleitorais para vereador, não é isto? Jobim ganhou de Argenta por 250 votos e perdeu para o Heinze por pouco mais de 200. Não é isto? Tony Oliveira fez 450 votos menos que o nobre deputado, não é isto?

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