RESCALDO. Embora com 60% mais votos, Riesgo não se reelege e vai refletir sobre o seu futuro político
Santa-mariense fez 12 mil votos além do que há quatro anos, mas ficou fora
Por Claudemir Pereira / Editor do Site
“Giuseppe Riesgo tem desempenho notável, até aqui 60% mais votos que em 2018. Para se reeleger, porém, dependerá de uma segunda vaga para o partido. A primeira é do vereador de Porto Alegre, Felipe Camozzato.”
As observações, feitas pelo repórter, no Facebook, na noite dominical, acabaram se confirmando. O santa-mariense, não obstante os votos feitos – 28.209 no Rio Grande inteiro, dos quais 10.290 em Santa Maria – não logrou eleger-se. Ao contrário de quatro anos atrás, quando fez um total de 16.224 votos, com 7.763 na boca do monte.
Sobre essas questões e, sobretudo, o futuro, o site fez uma curta (mas elucidativa) entrevista por whatsap, com o deputado. Acompanhe, na íntegra:
Claudemir Pereira – Embora o acréscimo de cerca de 60% nos votos, de um pleito ao outro, o senhor não logrou reeleger-se. Que fatores determinaram esse resultado?
Giuseppe Riesgo – O sistema proporcional exige uma grande quantidade de votos nos candidatos do partido. Muitos tinham 56 candidatos para deputado estadual. O NOVO tinha apenas 20. Acreditávamos que seria possível fazer duas vagas, mas infelizmente o desempenho ficou um pouco abaixo do que se imaginava.
CP – Como será o restante do mandato e, sobretudo, o futuro politico próximo do senhor (para logo depois de janeiro de 2023)?
GR – Cumprirei o mandato até o final, como prometi em 2018. Agora, o que farei de 2023 em diante ainda não sei. Preciso refletir.
CP – Qual o comoportamento do NOVO no Estado, a partir de agora e, sobretudo, qual a ideia do partido em relação a Santa Maria. Por exemplo: o senhor é pré-candidato a prefeito em 2024, respaldado pela digna votação de agora?
GR – Como disse anteriormente, não sei. Fui o terceiro mais votado da cidade. Não vou tomar decisões precipitadas, seja de concorrer ou não.
CP – Algo mais que queira acrescentar?
GR – Só agradecer por todo o apoio que tive. Arrecadei mais de 400.000 reais apenas com doações privadas. Tive muitos voluntários na campanha, em todo o estado. Aumentei em 60% minha votação. Não foi por falta de trabalho. A vida e a política teêm disso. As vezes vencemos, as vezes perdemos. Sigo de cabeça erguida.
Capital politico saindo da vitrine esvanece fácil. Não so por isto, obvio, vide Marchezan. Perdeu votos na capital (parte rejeição) e agora é suplente. Novo tem um monte de regras que jogam contra o partido. Total zero, termometro é o Zema, se ele notar que o partido limita as ambições pula fora.