Mídia grandona. ‘Ameaça’ Record foi, sim, o motivo da ida de Sirotsky ao encontro de Gadret
A grande realidade é que o mercado gaúcho de comunicação está em processo de ebulição plena. Isso desde meados de fevereiro, quando anunciou-se, primeiro, a venda das rádios Guaíba AM e FM, e depois do jornal Correio do Povo. E todos os veículos para o mesmo comprador: a rede Record de Rádio e Televisão, cujo principal proprietário é a Igreja Universal do Reino de Deus.
Conseqüência imediata das aquisições foi o rompimento do contrato entre a Record e a TV Pampa para a praça de Porto Alegre – mantendo-se o compromisso, que se esgota, diz-se, em 2009, no interior do Estado, inclusive Santa Maria. Aqui, o sinal da Record continuará sendo o disponível para a população.
Ato contínuo, apresenta-se um problema para a Rede Pampa, que terá que encontrar, até o final de junho, novo parceiro para Porto Alegre. Comenta-se, mas ninguém confirma, que a TVJB, nova rede montada pelo empresário Nelson Tanure, é a favorita na corrida para ser o sinal a ser transmitido para a capital. Será? Logo, logo se saberá.
E, agora, o encontro entre Nelson Sirotsky, o presidente da RBS, principal grupo de comunicação no Sul do País, com Otávio Gadret, comandante em chefe do grupo Pampa – que, além das emissoras de TV de Porto Alegre, Santa Maria, Carazinho, Pelotas e Rio Grande, tem rádios com várias bandeiras, inclusive Pampa, na capital. E também é proprietário do jornal O Sul. Portanto, um encontro de gigantes, este acontecido anteontem, na sede da Pampa, a pedido de Sirotsky.
A grande realidade é que, pela primeira vez em muuuuitos anos, a comunicação no Sul se agita. Mais que isso: salvo engano claudemiriano, em pelo menos duas décadas e meia é a primeira vez que a RBS (e a Pampa, por tabela) se vê obrigada a reagir a algo inesperado. Ou pelo menos, não aguardado.
E tem pela frente um adversário poderoso. Tanto do ponto de vista formal, com uma programação forte e metida, no melhor sentido do termo, quanto financeiro. É. Vem uma boa briga por aí. Sei que tem muita gente torcendo o nariz, pois do ponto de vista ideológico não há diferença alguma.
E, de fato, não há. Mas aqui não se está falando de ideologia, mas de mercado. Tanto de trabalho, quanto de consumidor. E tenho a impressão que, em ambos, haverá incremento. Logo, é bom. A conferir.
SUGESTÃO DE LEITURA – leia aqui a nota Encontro de Nelson com Gadret durou duas horas, publicada no site Coletiva.Net, especializado em comunicação no Sul.
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