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RESCALDO. Bolsonaro não reconhece derrota, mas nomeia Ciro Nogueira para comandar a transição

Presidente também não condena o bloqueio de estradas por seus apoiadores

Presidente Bolsonaro faz a primeira manifestação após ser derrotado no pleito de domingo (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Reproduzido do jornal eletrônico SUL21 / Texto de Luís Gomes

Após passar quase 48 horas sem se manifestar depois de confirmada a sua derrota no segundo turno das eleições presidenciais no último domingo (30), o presidente Jair Bolsonaro (PL) finalmente quebrou o silêncio na tarde desta terça-feira (1º) e fez um discurso de cerca de 2min11s no Palácio Alvorada. Bolsonaro, no entanto, não reconheceu formalmente a derrota e não condenou os bloqueios nas estradas que estão sendo promovidos desde domingo por seus apoiadores.

O pronunciamento de Bolsonaro foi anunciado por volta das 15h e, depois de mais de uma hora de atraso, o presidente apareceu sorridente e, antes de começar o discurso, murmurou para aliados: “Vão sentir saudades da gente”.

Ele começou sua fala agradecendo os 58 milhões de votos que recebeu no domingo e disse que os bloqueios são “movimentos populares frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

Sem condenar em nenhum momento os bloqueios, Bolsonaro disse apenas que os métodos da direita “não podem ser como os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”.

A seguir, saudou a composição futura do Congresso, dizendo que a robusta representação da direita “mostra a força dos nossos valores”.

Apesar de ser presidente há três anos e dez meses e ter abusado da máquina pública em sua tentativa de reeleição, Bolsonaro mais uma vez disse ser vítima do sistema. Ao fim, disse que cumprirá a Constituição, sem em nenhum momento mencionar a chapa vitoriosa nas urnas ou reconhecer a derrota.

“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Como presidente da República, continuarei cumprindo todos os mandamentos da Constituição”, disse.

Coube ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, fazer um breve pronunciamento em que mencionou que o processo de transição ocorreria normalmente. Nogueira diz que aguardará a formalização da indicação, pelo PT, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin como coordenador da transição para iniciar o processo.

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