A Roubada da Boca do Monte – por Marcelo Arigony
“Santa Maria com a faca e o queijo na mão” para copiar uma excelente ideia
Andando pelo litoral, conheci as melhores roubadas, ou melhor dizer Roubadinhas. Trata-se de Ramblas by Roubadinhas, um conjunto de estabelecimentos com 50 mil metros quadrados, na praia de Atlântida – Avenida Central, 2032 – ao ladinho de Capão da Canoa.
Então, quem vai ao litoral norte conta com esse espaço de experiências, que alia comércio, lazer, gastronomia e atividades para jovens de hoje e de ontem, tipo eu. O nome inusitado teve origem na plataforma digital @roubadinhas, de Laura Bier Moreira.
O local proporciona experiências ligadas ao bem estar, esporte e lazer; há bares, casas noturnas, restaurantes, lojas, e uma fauna cultural em exposições itinerantes, tudo em ambiente planejado com segurança, atendendo aos mais diversos gostos. Inclusive pet friendly.
Tá e aí?
Aí que Santa Maria tá com a faca e o queijo na mão pra cortar, pra copiar essa roubada, que de roubo não tem nada.
Não estudei o projeto a fundo, mas obviamente alguém por lá enxergou que havia uma massa de pessoas que queriam se divertir, e tinha dinheiro para gastar. E assim devem ter idealizado o exitoso projeto que fatura às pencas, e diverte por demais.
Por aqui algo parecido está se desenhando. O distrito criativo está na incubadora, e a calourada segura passará a ser realizada na GARE. Parabéns!
Mas acho que somos muito tímidos. Há muito a avançar.
Olha o potencial que esta cidade tem. Outrora chamada de cidade cultura, contando as universidades e polos educacionais, são mais de trinta entidades com jovens de todas as idades (!)
A face da nossa aldeia é tão jovial que historicamente temos problemas com o sossego público, principalmente à noite. A gurizada quer se divertir e incomoda aquele que quer descansar porque precisa trabalhar no outro dia.
A cidade encaminhou a solução do lado de uns, com a restrição ao consumo de bebidas durante a madrugada, recentemente aprovada por nossos edis.
Mas ainda precisamos resolver a outra ponta, abrindo a vazão à pulsante veia notívaga, e aos estabelecimentos comerciais que tiveram a venda limitada com o novel regramento.
A cidade carece de mais espaços recreativos, onde a população possa se entreter, extravasar a veia boêmia, de forma segura, e sem incomodar os outros.
E tá caindo de maduro. A solução é a roubada, fazer do limão uma bela limonada.
A Roubadinha da Boca do Monte poderia ser um espaço planejado, devidamente licenciado, com segurança, bares, restaurantes, trailer de lanches, churros, crepes, pipoca, carapinha e pamonha… Também com espaços tipo multipalco, em lugar planejado, com segurança, e transporte de ida e volta gratuito. Criar uma cena cultural, com eventos semanais, com potencial para atrair pessoas de toda a região.
Mas e quem vai custear tudo isso?
Nós! O empresariado, o poder público, as pessoas, a cidade. Criem-se espaços tipo shopping a céu aberto, e vendam ou aluguem. Tenho certeza que muitas pessoas investiriam na ideia. Lazer com segurança e desenvolvimento. Eu compraria uma cota.
https://www.youtube.com/results?search_query=ramblas+roubadinhas+
https://instagram.com/lasramblasatlantida?igshid=Yzg5MTU1MDY=
https://instagram.com/ramblasfoodpark?igshid=Yzg5MTU1MDY=
https://instagram.com/imigracao_ramblas?igshid=Yzg5MTU1MDY=
https://instagram.com/roubadinhasatlantida?igshid=Yzg5MTU1MDY=
https://www.instagram.com/ramblasbyroubadinhas/
(*) Marcelo Mendes Arigony é titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Santa Maria, professor de Direito Penal na Ulbra/SM e Doutor em Administração pela UFSM. Ele escreve no site às quartas-feiras.
Estudantes? Proibiram as festas no Campus (motivo não importa). Boate do DCE fechou por motivos obvios. Falta um lugar central baixo custo para o ‘vou dar uma chegadinha lá para desopilar’. Isto sem duvida falta. Objetivo simples, definido e nada facil de realizar. Nesta hora, quando o ‘simples’ é complicado, o que sobra para a megalomania?
‘Mas e quem vai custear tudo isso? Nós! […] Eu compraria uma cota.’. Sim, mas colocar a mão na massa é para terceiros. Aí fica fácil. Basta observar o que rola. Festa dos calouros é uma semana no inicio do semestre, depois, ao menos nos cursos mais sérios, o parafuso começa a apertar e vira em prova e trabalhos. Classe média sai, mas não é toda semana e no inverno menos ainda. Por isto que tem gente contra o plano de negocios na urb, as pessoas começam a descobrir que o empreendimento que se dispoe a abrir não é viavel.
Distrito criativo está no papel. Alguém fala em trocar a iluminação da Rio Branco para lampadas a LED’s como se fosse grande ‘realização’. Dá para fazer em tres dias! Sobra tempo. ‘Somos muito timidos’? Não para sugerir os outros a arriscar o proprio dinheiro. Alas, coisa muito comum, confundem uma necessidade da aldeia com uma oportunidade para a iniciativa privada. Geralmente quem não teve nem uma barraquinha de pipoca. Alas, o mercado publico fechou, não fechou? Sim, porque a maioria que elogia não vai nem para conhecer. Alas, aldeia precisa de um mercado publico ao estilo de POA, região central. Mais popular, obvio.
Esta é daquelas. Parece ex-professor universitario do direito especializado em butecos falando em industrialização e desenvolvimento. Obvio que só pode ser bobagem, burocrata falando em economia que não estudou. ‘Ramblas’, quem não é lesado sabe, já é copia de Barcelona. Onde se entra com banda de musica no marketing. La na Espanha o fluxo de turistas sustenta a coisa. No litoral, durante o verão, idem. Depois são chuvas e trovodas. Ou seja, o afluxo de pessoas garante a presença de gente com poder aquisitivo suficiente para consumir o que la se oferece. Calourada na Praça (ou na Gare) reune um pessoal com poder aquisitivo diferente. Obvio.