No dia seguinte, cenário político é só confusão
Passadas 24 horas da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que impede partidos que não tiverem candidato a Presidente a, em nível estadual, coligar-se a siglas que vão concorrer à sucessão de Lula, o cenário político brasileiro está completamente embaralhado.
Alianças já prontas tiveram que ser desmontadas, outras podem estar a caminho. A confusão está instalada (e basta que você releia as notas que postei na quarta-feira, para ter uma noção bem precisa a respeito) em todos os partidos, que simplesmente não sabem o que fazer.
Aliás, esse verdadeiro tumulto atinge até os analistas descomprometidos, como você pode conferir aqui nesta página, na reprodução que fiz, no início da noite desta quarta, de textos publicados na internet pelos jornalistas Josias de Souza e Ricardo Noblat (vá ao calendário, clique dia 7 e confira).
Mas, e agora, quinta-feira, 8 de junho, o que estão dizendo os jornais? Para exemplificar, confira, a seguir, o que publica o gaúcho Zero Hora, em reportagem oriunda de Brasília:
Tsunami eleitoral
Decisão do TSE torna mais rígidas normas para coligações nos Estados e tumultua pleito nos Estados
Uma determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) engessando ainda mais as coligações partidárias provocou um terremoto político em Brasília e nos Estados, deixando partidos e candidatos perplexos.
As legendas adiaram ou pensam em adiar convenções já marcadas a fim de estudar a decisão. Coligações já estabelecidas, como a de PSDB e PFL em torno da candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência, ameaçam implodir.
Em meio à confusão, o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, disse ontem ao Jornal da Globo que pode rever a decisão. Ele afirmou que o tribunal respondeu a uma consulta do PL e interpretou que era preciso radicalizar na verticalização das coligações porque, em 2002, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia considerado a regra constitucional. Na época, porém, o próprio TSE atenuou a medida ao decidir que o partido que não lançasse ou apoiasse um candidato à Presidência poderia se coligar com qualquer outro nos Estados.
Eu estou levando para casa as notas taquigráficas do julgamento do Supremo (que flexibilizou as normas para alianças em 2002). E se me convencer de que não houve abordagem desse tema que nós apreciamos ontem, que simplesmente o Supremo restabeleceu o entendimento da consulta de 2002, eu serei o primeiro, porque tenho segurança para isso, a evoluir afirmou Mello, a quem caberá redigir a resolução sobre o assunto.
Tomada na noite de terça-feira, por seis votos a um, a decisão do TSE embaralha o mapa eleitoral. Em resposta a uma consulta do PL, o TSE estabeleceu que as coligações fechadas para a eleição presidencial terão necessariamente de ser repetidas pelos partidos nas disputas estaduais. Ninguém sabe nada. É um quebra-quebra geral , disse o senador José Sarney (PMDB-AP), comparando os reflexos da determinação à invasão da Câmara ocorrida na véspera…
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/
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