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O patrimônio histórico: o que é este bicho de sete cabeças? – por Elen Biguelini

Nas últimas semanas um tema esteve em voga: mas o que é o patrimônio histórico e qual sua importância?

Primeiramente, é tudo aquilo que importa da cultura e da história de um país. O folclore é, por exemplo, patrimônio imaterial, assim como o carnaval, as danças típicas, etc. A comida também: o acarajé, o pé-de-moleque, a tapioca. Há também o patrimônio físico: a cidade de Brasília, os prédios históricos, a calçada de Copacabana. E ainda o artístico: as obras, os livros, os manuscritos, as peças de teatro, etc.

Tudo isto forma aquilo que é a cultura brasileira em toda a sua multiplicidade.

Não há patrimônio mais valioso do que outro. Todos tem importância, todos tem valor, todos tem lugar na sociedade brasileira.

Do Saci Pererê ao Palácio do Planalto (e tudo que há nele), cabe aos brasileiros cuidarem daquilo que é seu, e cabe ao Estado criar leis e órgãos de proteção.

Assim, é preciso que cada brasileiro se preocupe em cuidar daquilo que forma a cultura brasileira. Cabe a nós não apagar a história de Iara, ou continuar a dançar o fandango. Cabe aos brasileiros manter a cultura e a língua indígena, os cultos afro-brasileiros e os sambaquis. Se não cuidamos do que é nosso, quem irá fazê-lo?

Começaremos mais uma série de textos sobre esse assunto, começando na semana que vem pelas definições de patrimônio, memória e outras questões importantes ao tema. Para assim podemos compreender um pouco mais sobre este assunto que, infelizmente, é tão ignorado.

(*) Elen Biguelini é doutora em História (Universidade de Coimbra, 2017) e Mestre em Estudos Feministas (Universidade de Coimbra, 2012), tendo como foco a pesquisa na história das mulheres e da autoria feminina durante o século XIX. Ela escreve semanalmente aos domingos, no Site.

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3 Comentários

  1. É tudo uma questão de ponto de vista. Patuléia ve as coisas de outra forma. Exemplo? Indigesto Nãosoubom é o prefeito. É um sujeito ocupando um cargo. Dudu Milk idem. Moluco com L., o honesto, idem. A ‘instituição’ é o servidor (ou servidora) que a população tem contato direto. ‘Fui na repartição tal, me atenderam mal (nem ficou sabendo o nome de quem atendeu), perdi um tempão, a prefeitura é uma m.’. ‘Fui no posto de saude tal, me atenderam bem, o posto de saúde é muito bom.’ Busilis é que muitas decisões saem com base na sociologia de ar condicionado, o mundo está ai para ser perscrutado e não ‘adivinhado’.

  2. Fica naquela, classe média/ media alta querendo dizer para a massa o que é importante ou não. Só que a massa está muito ocupada ‘correndo atrás do prejuizo’ (e vendo besteira no Tik Tok). Valores impostos de cima para baixo, do ar condicionado para o calor das ruas. Campanhas, vozes que clamam no deserto.

  3. Brasil é um pais onde o Haddad, então ministro da educação, aumentou o investimento e o resultado na prova do PISA piorou. É um pais onde analfabetos funcionais (não só em portugues, matematica e outros) ganham diplomas bonitos todos os anos. Existe uma criser de representação (gostem ou não) nos parlamentos. Para piorar, quando alguns se apropriam do publico, o famoso patrimonialismo, o mesmo deixa de ser de todos. Ignorancia bate no imaterial (basta sair na rua e perguntar quem é Iara, qual o mito do Saci Perere ou a Lenda do Negrinho do Pastoreio). Patrimonio fisico é o que serve para aparecer na selfie (na base do ‘eu estive aqui’). Alas, uma conhecida minha foi para Roma em lua de mel. Tirou uma foto e publicou. Legenda? ‘Ruina Romana’. Estava no Forum não muito longe do local onde Cesar foi assassinado (nestas horas é melhor deixar quieto, mas dá vontade de xingar).

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