A nova face do governo Lula – por Giuseppe Riesgo
Federação Brasil da Esperança. Esse é o nome da união PT-PV-PCdoB que registrou a candidatura de Lula à presidência da república e que saiu vitoriosa no pleito ao Palácio do Planalto no ano de 2022. O nome da federação já demonstrava a linha retórica e estética que se propunha: a de que Lula seria a esperança, o amor, a democracia e a paz. Que seria a reunificação do Brasil e o retorno da moderação ao poder. Que seria o fim da raiva, do rancor, da vingança e das bravatas de Bolsonaro. Que não teríamos mais um radical na presidência, mas um democrata.
Muitos, por restrições que tinham a Bolsonaro, aceitaram essa narrativa e preferiram se iludir. Preferiram o auto engano, mesmo quando Lula dava todos os indícios de que seu terceiro governo não teria nada de moderado. Henrique Meireles, Armínio Fraga, João Amoêdo e outros preferiram acreditar que a roupagem de 2022 seria a mesma de 2002 e declararam voto em Lula.
Ledo engano. Lula voltou com rancor e vontade de vingança. Percebeu que, ao tentar “agradar o mercado”, a “elite” e o empresariado em 2002, não ganhou muita coisa. Foi duramente criticado, preso e ainda viu sua sucessora sofrer um merecido impeachment. Testemunhou o surgimento de um grande sentimento antipetista na sociedade –, muito intenso justamente nos setores que Lula tentou agradar com sua postura fisiologista e de “moderação” em 2003. A carta ao povo brasileiro, a manutenção do tripé macroeconômico de FHC, a reforma da previdência e o aceno ao mercado internacional não foram suficientes para manter o PT no poder, nem Lula fora da cadeia após seu governo.
Então, em 2022, Lula partiu para uma campanha diferente. Adotando uma postura “antibolsonarista”, percebeu que eram os radicais de esquerda e a militância petista que seguiam lhe apoiando. Afinal, empresário algum foi a Curitiba defendê-lo. Liderança alguma da Direita ou do Centro bradou que o impeachment era um golpe e que Lula era inocente. Não havia motivo para agradar essa turma. A vontade, portanto, é fazer tais lideranças empresariais e a Centro-Direita sofrer.
Lula começa a dar indícios que fará em 4 anos tudo o que teve cuidado ou receio de fazer nos 13 anos em que seu partido governou. Em pouco menos de 2 meses de governo, não poupa ataques à independência do Banco Central, ao teto de gastos, à política de responsabilidade fiscal e à liberdade de expressão. Já se fala em regular mídias sociais, aumentar impostos e em se aproximar das ditaduras bolivarianas da América Latina.
Brasil da esperança? Volta da paz e da estabilidade? Mero engano. Preparem-se para 4 anos de extrema esquerda com o poder nas mãos. Isso tudo foi apenas artifício retórico para surfar na rejeição de Bolsonaro e retomar o projeto petista de poder. E dessa vez, se não tivermos uma forte resistência e oposição, podem esquecer tanto a paz como o amor.
(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Atualmente ocupa a Chefia de Gabinete do Deputado Federal Marcel van Hattem. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.
Cavalão é carta fora do baralho. Não se sabe bem do que acusam, mas o boato é que ja foi decidido, não vai ser preso, vai ficar inelegivel. Como serão os 4 anos só consultando a Pitia em Delfos. Direita, centro, conservadores, têm um problema serio. Vide eleição ao governo do RS. Egos grandes, muitos querendo protagonismo, um monte de manés sem chance nenhuma querendo ser terceira via. Fragmentado não vai, unir é dificil. Meio obvio o resultado. Enquanto isto, no pais ianque, inflação deu sinais que sobe, emprego dá sinais que não vai subir. Pode sinalizar juros num patamar alto por la. Recessão esperada ainda não veio. Depois de ‘Os deuses devem estar loucos’ vem ‘Os economistas devem estar em parafuso’. Alas, dizem que o Molusco com L., o honesto, mandou a militancia acoar uma garrafa de Baré Cola vazia. Kuakuakuakua!
Contexto mundial também não esta facil. EUA esta com atividade alta, inflação alta (para padrões ianques, contexto conta) e juros altos (de novo, padrão ianque). Dizem que o governo le a situação economica de um jeito, o ‘mercado’ de outro e a opinião publica é outra. Segundo dizem uma hora as visões convergem para algo comum e pode não ser bonito. Passaram legislação se autoconcedendo jurisdição em todo o planeta sobre a tecnologia que tenha alguma relação com o pais. Proibiu a ASML, empresa holandesa, de exportar maquinas de fotolitografia (produção de chips) de ponta para a China. So segunda linha. Naquela base, todo mundo fala dos balões chineses na America, os ianques são uns ‘santos’, ‘vitimas’. Ou seja, guerra fria.
Reforma tributaria já esta naquela base. Vai ser em ‘fatias’. Querem criar um IVA, mas o pessoal do Supersimples fica de fora (para não criar caso com a OAB que teoricamente tem mais força). Então vai ser naquela base, tributos iguais para todos, ‘só que eu não’. Os que irão perder arrecadação vão pedir ‘compensação’ e noves fora, sobe a carga tributaria.
Na cabeça oca de alguns Estado tem que ter um estoque abonado de dinheiro. Pode até pegar emprestado, mas so paga de juros o que quiser. Com um monte de dinheiro o Estado ‘investe’ e ‘faz crescer a economia’, o que gera mais tributos que gera mais investimento. Moto perpetuo economico. Alas, peso dos serviços no PIB brasileiro é grande. Querem ‘reindustrializar’. Substituir importações? Vão ter que comprar tecnologia. Exportar? Para quem? America Central e Africa? Combinaram com os chineses?
Não é necessario falar em inflação subjacente, é bom evitar coisas ‘complicadas’. Inflação de serviços anda pelos 8% ou quase isto (esquecem que o indice geral é uma media). Por agora tem a volta às aulas e reajuste de mensalidades e do material escolar. Vai bater no indice. Logo em seguida voltam os tributos federais sobre os combustiveis. Governadores devem reajustar o ICMS. Preço das passagens caiu Brasil a fora, mas tem subsidio (que não dura para sempre ou perde força). Se a porca torcer o rabo e começarem a bater panela não vão dizer que são os cavalistas.
Vermelhos vivem da negação de alguma coisa ou dos outros. Cavalão, depois os milicos, depois o Banco Central. Molusco com L., o honesto, aponta com o dedo o lado que a militancia tem que ‘acoar’. Até um Ascaris Vermelhoides por ai utilizou do Lara Resende como apelo a autoridade. Credencial? Plano Real (ele foi colega de faculdade do Persio Arida). Escandalo do grampo do BNDES, processo por impobridade que deu em nada e ser economista da candidata Marina Silva ficaram de lado.
‘Coalizão’ do governo é um balaio de gatos. Mesmo dentro da tal Federação existem discordancias. Molusco com L., o honesto, é conhecido por fomentar o conflito para agir como mediador. Resultado não é implementação de um planejamento, são politicas ad hoc tiradas do bolso e empurradas com a barriga.
A desculpa usual é que Molusco com L., o honesto, ‘esta falando para a base, para o eleitorado dele’. Para a população o discurso seria outro. Pergunta que fica, quem esta sendo enganado, a militancia ou a população. Sim, porque discursos mutuamente exclusivos sinalizam empulhação.
BSB é como os antigos relogios de parede. Midia ‘lê’ as horas para a população (errado, obvio), mas as engrenagens la dentro, como se movem, poucos insiders tem uma boa noção. Sim, porque tudo o que acontece ninguém sabe. Não tem como.
Kuakuakuakua! O importante é que ‘o amor venceu’! Kuakuakuakua! Agora que façam o ‘L’ com o indicador apontando para o céu e sentem em cima! Kuakuakuakuakua!