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CACHOEIRA DO SUL. Município poderá ser sede do centro regional de referência em autismo

Unidade permitirá atender pessoas com Transtorno do Espectro Autista

Por Adrine Zigulich Martins / Prefeitura de Cachoeira do Sul

TEAcolhe Macrorregional Vales, em Cachoeira do Sul, foi inaugurado em 2021. Foto Divulgação

O município de Cachoeira do Sul está na iminência de tornar-se referência estadual como um município que se preocupa e tem políticas voltadas para as pessoas autistas. Em 2021, o município ganhou a inauguração do TEAcolhe Macrorregional Vales e, desde então, vem sendo realizada a articulação dos trabalhos entre educação, saúde e assistência social. Além disso, o TEAcolhe é o responsável pelo matriciamento e retaguarda técnica-assistencial, suporte técnico-pedagógico às equipes dos 62 municípios que integram a Macrorregião Vales.

Na região, já há a presença de três Centros Regionais de Referência em Transtorno do Espectro Autista (CRRs), localizados em Encantado, Santa Cruz do Sul e Bom Retiro do Sul. Agora, em 2023, o TEAcolhe, através da coordenadora Daniela Von Rohr e sua equipe, têm articulado e intermediado para que o próximo CRR seja no município de Cachoeira do Sul.

A vinda de um CRR para a cidade permitirá que o serviço atenda as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sejam crianças, adolescentes ou adultos, com diagnóstico grave, persistente ou ainda os chamados refratários – quando há dificuldade para evolução do quadro do paciente.

Para que a vinda do CRR aconteça, a equipe do TEAcolhe tem tentado dialogar com as secretarias da saúde, educação e assistência social, e também com os prefeitos, pois o trabalho precisa ser conforme as diretrizes do programa que determinam que o trabalho deve ser em rede, tanto intra quanto intersetorial. Daniela explica que através do mapeamento da rede, foi possível identificar que o município possui em torno de trezentos e cinquenta crianças autistas e a maior parte das famílias encontra dificuldades para o atendimento e terapias necessárias.

“CRR virá sanar uma lacuna que hoje há no nosso município, pois praticamente todos os dias são protocolados na prefeitura inúmeros pedidos de atendimento para as terapias que são necessárias para as pessoas com TEA. A vinda de um CRR amenizará isso e ainda vai atender muito além de somente os casos daqui”, esclarece ela.

Para compor um CRR é preciso que a equipe técnica tenha profissionais capacitados de Neuropediatria, Psiquiatria, Psicologia, Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Assistência Social, Educação Especial, Educador Físico, Fisioterapia, Terapeuta Ocupacional. A Neuropsicopedagoga Deise Quevedo afirma que a vinda do CRR qualificará os espaços de atendimento, tendo em vista que há uma grande demanda para ser atendida e além disso, qualificará os profissionais da rede para realizarem as terapias na rede pública.

Bruna Azevedo, mãe de autista e presidente da Associação Municipal dos Autistas de Cachoeira do Sul (AMA), considera extremamente importante a vinda do CRR, pois faltam informações corretas para os pais e familiares e o município tem que sanar a lacuna existente, porque somente os profissionais que já atuam na cidade não estão dando conta do grande número de terapias necessárias.

O valor para implantação do CRR já consta no orçamento do Estado, sendo destinado R$ 30.000,00 mensais para custeio e manutenção do CRR. As tratativas para a implantação do CRR incluem discussões com entidades privadas e a solicitação de reuniões com os secretários da saúde, educação e inclusão social. Além disso, há também a solicitação de uma reunião com o Conselho Municipal de Saúde para abordar o tema e as demais demandas do TEAcolhe.

A vinda de um CRR para Cachoeira beneficiará também os municípios de: Arroio do Tigre, Cachoeira do Sul, Caçapava do Sul, Cerro Branco, Encruzilhada do Sul, Estrela Velha, Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Novo Cabrais, Passa Sete, Segredo e Sobradinho.

Não é só Cachoeira do Sul que está na luta para abrir um CRR, o município de Caçapava do Sul também está se movimentando e realizando reuniões com o intuito de levar o Centro para aquela cidade.
 
Importante
A partir da metade de 2022, passou a ser obrigatória a cobertura para qualquer método ou técnica indicado pelo médico assistente para o tratamento do paciente que tenha Transtorno do Espectro Autista (TEA). A busca judicial se torna mais exitosa por causa da questão do rol normativo da ANS.

O Centro Macrorregional de Referência da Região Metropolitana (Prefeitura Municipal de Canoas) foi desligado do programa em razão do não cumprimento dos critérios estabelecidos nas normativas do Programa TEAcolhe. O grupo técnico avalia semestralmente e quando não cumprido os critérios e os processos de trabalho pode ocorrer o desligamento do programa.

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