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A cegueira ideológica envergonha o Brasil – por Giuseppe Riesgo

A crítica do articulista à posição do governo federal em relação à Nicarágua

Bastaram algumas semanas para visualizarmos novamente a face autoritária do novo governo federal. Diante da oportunidade de se unir aos especialistas da ONU que classificaram como “violações sistemáticas” dos direitos humanos as práticas do regime de Ortega na Nicarágua, Lula preferiu silenciar.

Uma postura vergonhosa de uma esquerda que se diz “defensora dos direitos humanos”, mas que ignora todo e qualquer deslize anti-humano e democrático do seu lado do espectro político. Uma falta de compromisso com a democracia e as liberdades individuais perpetrada, justamente, por aqueles que adoram apontar o dedo e monopolizar virtudes.

A verdade é que os fatos apresentados são estarrecedores. Daniel Ortega, segundo a própria ONU, é responsável por crimes contra a humanidade dos mais variados tipos. Execuções sumárias, detenções arbitrárias, perseguições políticas e corrupção são alguns exemplos.

Crimes cometidos por um ditador que se mantém permanentemente no poder, desde 2006. Que perseguiu ex-candidatos a presidente, jornalistas e diplomatas, expulsando-os do país e cancelando seus passaportes. Responsável também pela pobreza na Nicarágua, onde, segundo o Banco Mundial, cerca de 24% da população vive abaixo da linha de pobreza, com renda inferior a US$ 3,20 por dia.

Além de demonstrar um apoio velado a regimes autoritários como o de Ortega, a postura de Lula comprova o que estamos alertando há muito tempo: o PT e seus asseclas só estão preocupados com a estética, a aparência e os discursos. Querem fazer o enfrentamento político com a direita com acusações e perseguição.

Dizem que defendem a democracia, a liberdade e os direitos humanos. No entanto, quando um aliado é o responsável por essas violações, silenciam. Foi assim com Cuba, com o Irã, Venezuela e agora com a Nicarágua.

A verdade é essa. Por cegueira ideológica, Lula novamente apequena e envergonha o Brasil. Nos coloca no lado errado dessa história. Faz com que o Brasil seja conivente com o que há de mais perverso e danoso à democracia e aos direitos humanos. Mostra sua verdadeira face e comprova que nosso presidente não é um democrata, mas um aliado político do ditador da Nicarágua, de Cuba e da Venezuela, apesar dos lindos e mentirosos discursos de sua militância.

(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Atualmente ocupa a Chefia de Gabinete do Deputado Federal Marcel van Hattem. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.

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8 Comentários

  1. Bom, daí se chega no direito dos Manos e dos Bala na Cara. O pendulo vai, mas uma hora ele volta. A coisa desandou em El Salvador, elegeram um presidente novo e falam que ele construiu um presidio com 40 mil vagas. Obviamente o ‘pau esta comendo’. Resumo da opera: no Brasil a lei da gravidade é obedecida; mas nada ultrapassa a segunda lei da termodinamica. Entendedores entenderão.

  2. Qual o discurso aqui? ‘Até nos EUA a inovação e o avanço economico é feito por intervenção estatal’. Como fazem no Brasil? Criam estatais ou aproveitam o que já existe, todas com servidores publicos concursados e estaveis (lá os gerentes tecnicos são obrigatoriamente temporarios e o staff, se não me engano, trabalha na base do contrato). E, obvio, pensar um orçamento bilionario no Brasil sem um monte de gente ‘empregada’ é coisa da Globo. Alas, quando começam o ‘vamos copiar tal lugar porque la da certo’ é sinal que vai dar m. antes de começar.

  3. O que tem de especial na DARPA? Na epoca do artigo o numero de funcionarios fixos era 120. Para cuidar de finanças, recursos humanos, segurança, do juridico e dos contratos. O numero varia, as vezes bate nos 200, mas geralmente fica entre 120 e 150. Adicionalmente uma centena (mais ou menos) de gerentes tecnicos de programas (geralmente recrutados nas universidades). Orçamento da agencia? Na epoca do artigo 3 bilhões de dolares. Dinheiro é majoritariamente entregue aos gerentes tecnicos que tem prazo curto para apresentar resultados.

  4. Darpa é a Agencia de Defesa para Projetos de Pesquisa Avançados. Dali saiu a Internet, o GPS, os MEMS (sistemas micro eletromecanicos; todo air bag tem um, por exemplo). Muita coisa foi criada na iniciativa privada também, para não acharem que só o Estado produz inovação. Muita coisa saiu do laboratorio da Xerox e dos laboratorios Bell. Mas isto é outra historia.

  5. Ideologia dos vermelhos é auto derrotante. Não seria problema se a população/sociedade não tivesse que pagar a conta. Pais fica patinando. Exemplo? Intervenção do Estado na economia. Em outubro de 2013 a Harvard Business Review publicou um artigo intitulado ‘Special Forces Innovation: How Darpa attacks problems’. Forças Especiais são os especialistas em guerra não-convencional de alguns exercitos. A referencia é ao exercito ianque, no caso, os Boinas Verdes. Na realidade não são como o Rambo, operam em equipes de 12 componentes. Brasil tem algo semelhante, aqui cuidam do anti-terrorismo e, caso invadam a Amazonia eles ficam atrás das linhas inimigas para criar confusão. Relação é o tamanho da equipe.

  6. Maior fator de preocupação por enquanto é a reforma tributaria. Há procissões indo para BSB pedindo mais dinheiro. Carga tributaria vai aumentar. Bernard Appy é o economista que dá cara para o projeto. Se der Kaka vão pegar ele e piiiiiiiiii. Simples assim. Segundo maior fator de preocupação é a economia. Quando a maré baixa é que se descobre quem está nadando pelado. Dinheiro fácil, Selic a 2%, má gestão não aparece. Foi para treze e pouco e tocou ‘barata voa’.

  7. Preocupar-se com a Nicaragua é entrar na cortina de fumaça que os vermelhos criam. Um juiz aposentado que fez o ‘L’ jactava ano passado que ‘em janeira o Molusco com L, o honesto, teria maioria para reformar a CF’. Presidente da Camara afirmou que o governo não tem maioria simples. Ou seja, grana que rolou até agora é só para não abrirem processo de impeachment (já tem pontas soltas, falam que os moveis para mobiliar o Alvorada não teve licitação, por exemplo).

  8. Envergonha o Brasil? Não creio. Primeiro porque o pessoal lá fora não é burro. Para o pessoal da Nicaragua só um conselho: quem pariu Mateus que embale. Terceiro a noticia boa: nem Ortega nem o Molusco com L., o honesto, vão durar para sempre. Tinha um professor de biologia de cursinho antigamente que dizia comprar e beber uma champagne toda vez que um desafeto morria. Agora não sai da Igreja (talvez sonhe que irá para o andar de cima; sem chance). Se eu não for antes, em algum momento haverá muita gente chorando. Comemorarei. Bebendo uma Fanta uva.

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