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CÂMARA. Se depender da maioria dos vereadores, que não votam, vestibular voltará na Universidade

Moção aprovada por uma larga margem, na antevéspera da decisão da UFSM

Vereador Juliano Soares, do PSDB, é o autor da moção pelo retorno das provas do vestibular na UFSM (Foto Câmara/Divulgação)

Por Maiquel Rosauro

Saudosos com a realização do vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), os vereadores santa-marienses aprovaram, nesta terça-feira (28), uma moção de apoio ao retorno das provas presenciais na cidade. A iniciativa, apresentada por Juliano Soares – Juba (PSDB), recebeu 16 votos favoráveis e quatro contrários.

A moção é baseada em uma proposta da Pró-Reitoria de Graduação, que propõe, além da continuidade do Sistema de Seleção Unificado (SiSU) e de outras formas de ingresso já tradicionais, que a UFSM passe a adotar o Processo Seletivo Seriado e o vestibular presencial. Também seriam contemplados processos seletivos específicos para ingresso de pessoas de comunidades quilombolas; com 60 anos ou mais; atletas de alto rendimento; estudantes medalhistas em competições de conhecimento; pessoas transgênero; pessoas com deficiência; refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade; indígenas, entre outros.

A proposta tramita no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) (veja mais detalhes AQUI) e possui o apoio de diversas entidades santa-marienses; uma vez que o retorno da prova presencial proporcionaria um grande movimento de visitantes na cidade por alguns dias.

“Cacism, CDL, Sinduscon, Sindigêneros, Associação Rural, Sindilojas, são todas as entidades que estão comemorando essa proposta e, quem sabe, o retorno do vestibular para a nossa cidade. Essas foram algumas das entidades mais atingidas (pelo fim das provas), como a Ahturr”, disse Juba.

A vereadora Helen Cabral (PT) fez a defesa contrária à moção. Para a petista, o debate precisa ser mais amplo. Ela defendeu que a volta do vestibular é um retrocesso para aqueles que não possuem condições de pagar por um cursinho pré-vestibular.

“As universidades federais, embora muitas vezes não alcancem seu objetivo, têm que atender a educação pública, atender primeiro quem mais precisa, atender os filhos dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse a parlamentar.

Além de Helen, votaram de forma contrária Marina Callegaro (PT), Valdir Oliveira (PT) e Werner Rempel (PCdoB).

Decisão na quinta

O Cepe começou a debater a volta do vestibular no dia 26 de janeiro. Contudo, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) pediu vistas. A nova reunião do colegiado ocorrerá nesta quinta-feira (30), a partir das 8h30min, na Sala dos Conselhos, 9º andar do prédio da Reitoria. A expectativa é de que a proposta, enfim, seja votada.

A reunião do Cepe será transmitida pelo canal da UFSM no YouTube.

Ato

Antes da reunião do Cepe, às 7h30min, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM – com o apoio de várias entidades, entre elas a Sedufsm – realizará um ato contra a volta do vestibular. O DCE defende que a instituição mantenha-se apenas com o Sisu como forma de ingresso.

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2 Comentários

  1. Não sei se vai resolver, mas corroborando o outro comentário. Engenharias tiveram que acrescentar uma disciplina no primeiro semestre. ‘Matemática Básica’. Pelo programa é uma revisão do que já deveriam saber vindo do ensino médio.

  2. Por ter feito meu curso, posteriormente atuado como docente na UFSM e por várias vezes Coordenador do Curso de Engenharia Civil, sinto-me na obrigação de manifestar-me favorável ao retorno do vestibular, visto ter acompanhado a queda da qualidade no ensino dos alunos ingressantes pelos métodos atuais. Os conhecimentos de matemática e física, esperada pelos calouros deixa a desejar, ensejando o aumento do abandono e dificuldades no acompanhamento do curso.
    Falo da minha experiência, respeitando idéias divergentes.

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