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EDUCAÇÃO. Suspensa na hora de votar, reunião que regulamentaria novas formas de ingresso na UFSM

Sala dos Conselhos foi ocupada por manifestantes. Nova data ainda indefinida

Reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFSM  foi suspensa após entrada dos manifestantes (Foto Divulgação)

Da Agência de Notícias da UFSM

A reunião em que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) votaria a resolução que regulamenta novas formas de ingresso aos cursos de graduação da UFSM foi suspensa no final da manhã desta quinta-feira (30), após manifestantes ocuparem a Sala dos Conselhos, no 9º andar do prédio da Reitoria.

A nova resolução propõe que, além do Sistema de Seleção Unificado (SiSU) e de outras formas de ingresso já tradicionais, a Universidade passe a adotar o Processo Seletivo Seriado e o vestibular presencial. Se aprovada, também haverá processos seletivos específicos para ingresso de pessoas de comunidades quilombolas; com 60 anos ou mais; atletas de alto rendimento; estudantes medalhistas em competições de conhecimento; pessoas transgênero; pessoas com deficiência; refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade; indígenas, entre outros. 

A mudança nas formas de ingresso começou a ser debatida pelo Cepe em reunião no dia 26 de janeiro. Na ocasião, houve pedido de vistas do processo, visando ampliar a discussão sobre as mudanças propostas. Na reunião desta quinta, foi lido o parecer de vista, que propôs a aprovação parcial da proposta, preservando a oferta de vagas para atletas de alto rendimento, estudantes medalhistas em competições de conhecimento, pessoas de comunidades quilombolas, pessoas com deficiência que realizaram o Ensino Médio em escolas privadas, pessoas com 60 anos ou mais e também para transgêneros, excluindo o Processo Seletivo Seriado e o vestibular. A justificativa é de que a proposta se baseia em “argumentações e premissas frágeis, aliado a um processo pouco democrático em sua discussão junto à comunidade acadêmica”.

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Na sequência, houve a leitura do parecer da Comissão de Legislação e Normas (CLN) do Cepe, pela aprovação da proposta, considerando que a ampliação das formas de ingresso não modificará a garantia das cotas vigentes nem a assistência estudantil. Tanto a CLN quanto a Comissão de Ensino, Pesquisa e Extensão (Comepe) destacaram a necessidade de um trabalho contínuo de avaliação das novas formas de ingresso, preenchimento de vagas e evasão. 

O pró-reitor de Graduação, Jerônimo Tybusch, explicou a resolução, fazendo uma contextualização da UFSM enquanto referência em ações afirmativas próprias, mais intensamente a partir de 2007, antes mesmo da Lei de Cotas. Após a implementação do SiSU, a Universidade adotou formas de ingresso específicas para grupos como indígenas e migrantes e refugiados. A proposta, segundo ele, não exclui o SiSU do processo, mas abre outras possibilidades de ingresso, visando aumentar o preenchimento de vagas – neste semestre, a estimativa é de que mais de 20% das vagas fiquem ociosas na UFSM.

Na sequência, houve manifestações dos conselheiros, apresentando opiniões favoráveis e contrárias à resolução. Antes de encaminhar a votação, o reitor, Luciano Schuch, citou universidades do país que pretendem adotar vestibular seriado conjuntamente com o SiSU. “Como sistema único o SiSU seria perfeito, mas não pode ser opção”, disse. Também destacou a importância das cotas, que seguiriam asseguradas com a aprovação da proposta. “Queremos ter sistemas para poder compará-los, verificar qual o melhor”, afirmou o reitor.

Antes de o parecer de vista ser colocado em votação, manifestantes que ocupavam o hall do 9º andar do prédio da Reitoria entraram na Sala dos Conselhos pedindo para que o projeto fosse retirado de pauta. Após alguns minutos de manifestação de estudantes e servidores, os conselheiros se retiraram. A reunião, que teve transmissão pelo YouTube, foi suspensa e não há data para ser retomada.

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2 Comentários

  1. Estes são os ‘defensores da democracia’ e ‘opositores ao fascismo’. Votação que será perdida não pode acontecer, nem que seja na marra. Vermelhos são hipocritas. Alas, pessoal que esta de passagem determinando o futuro da instituição (que teoricamente é publica, não propriedade dos que lá estão). O que também é teorico, porque vermelhos majoritariamente demoram mais que a media para terminarem o curso.

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