A importância da mobilização humana em todos os setores: a mobilização política como pilar contra a barbárie – por Marionaldo Ferreira
‘Mobilização é cimento da democracia participativa e desenvolvimento humano’

A mobilização humana é um elemento vital para o progresso e a manutenção da civilização em todos os setores da sociedade. Seja na educação, economia, saúde, meio ambiente ou política, o engajamento coletivo é o motor que impulsiona transformações sociais, econômicas e culturais. Dentre essas áreas, a mobilização política, apesar de seus desafios e imperfeições, desempenha um papel crucial para evitar o retrocesso e a barbárie.
A mobilização humana consiste na capacidade das pessoas se organizarem, se articularem e agirem em conjunto para atingir objetivos comuns. Em setores como a educação, a participação ativa da comunidade pode melhorar a qualidade do ensino e garantir acesso igualitário. No campo da saúde, o engajamento popular é fundamental para campanhas de prevenção e para o fortalecimento do sistema público. Na economia, a mobilização pode incentivar o desenvolvimento sustentável, o empreendedorismo social e a justiça trabalhista.
Essa articulação coletiva gera pressão social sobre instituições e governos, criando espaços para diálogo, reivindicações e implementação de políticas públicas mais justas e eficazes. A mobilização é, portanto, o cimento da democracia participativa e do desenvolvimento humano.
A mobilização política: necessária mesmo em tempos de descrença
No entanto, talvez o setor mais sensível e controverso seja o político. Muitos se afastam da política por considerá-la corrupta, ineficaz ou distante dos interesses populares. Esse afastamento, porém, pode ser perigoso, pois abre espaço para o enfraquecimento das instituições democráticas e para o avanço de forças autoritárias ou retrógradas.
A mobilização política, mesmo que imperfeita, é um instrumento essencial para garantir que a voz das pessoas seja ouvida e que seus direitos sejam defendidos. É através dela que se fiscaliza o poder público, se exige transparência e se impulsionam reformas sociais necessárias. Quando o cidadão se desmobiliza politicamente, abre-se caminho para a apatia, o desinteresse e, consequentemente, para o aumento da desigualdade e da injustiça.
A ausência de mobilização política pode levar ao que muitos chamam de “barbárie”: um estado social de caos, opressão e retrocesso dos direitos humanos. Sem a pressão constante da sociedade organizada, governos autoritários, políticas excludentes e injustiças estruturais se proliferam. Historicamente, a passividade política tem sido a porta aberta para regimes totalitários, crises humanitárias e conflitos violentos.
Portanto, mesmo que o fazer político pareça insatisfatório, ele é o terreno onde a luta pelo respeito, pela igualdade e pela dignidade humana deve ocorrer. A mobilização política é, assim, o escudo contra a degradação social e a perda das conquistas democráticas.
A mobilização humana em todos os setores é um pilar para o desenvolvimento sustentável, justo e democrático. A participação ativa das pessoas, sobretudo na política, é indispensável para evitar a barbárie e garantir uma sociedade mais solidária e inclusiva. Encorajar a mobilização política, educar para a cidadania e fortalecer espaços de diálogo e participação são caminhos essenciais para que o progresso social não estagne diante das dificuldades. Mobilizar-se é um dever coletivo e uma esperança permanente de transformação.
(*) Marionaldo Ferreira é especialista em governança pública, mentor de líderes e consultor em gestão e captação de recursos para municípios. Atua na formação de servidores e agentes públicos e é autor do livro Governança Pública e Suas Possibilidades.
Resumo da opera. O mundo não é ‘tese’ ou ‘argumento’. Teorias bonitas que não funcionam, não resolvem são inuteis. A menos para o ‘olha como sou legal e virtuoso, defendo coisas boas’.
‘[…] pode levar ao que muitos chamam de “barbárie”: um estado social de caos, opressão […]’. Ou seja, as ‘elites’, no sentido de posição não de capacidade, querem levar a sociedade para um lado e ela não obedece. Foi o que aconteceu na Ianquelandia. Que resultou na eleição do Agente Laranja. Um bando de ‘iluminados’ em lugares privilegiados sabem o que ‘é melhor para o pôvú’. Afinal, estão ou tem passagem pela Academia. Logo são ‘mais inteligentes’, ‘mais cultos’ e ‘tudo que há de bom’. O pôvú é ‘uma criança a ser levada pela mão’.
Ultima manifestação de rua, era uma ‘mobilização’ discordando-se ou não dos objetivos, foi 8 de janeiro. Deu ruim. Reação institucional foram prisões a granel sem flagrante ou individualização de condutas. Devido processo legal no ralo. Segredo de justiça. Um batom na estatua errada com a frase errada ‘perdeu mané’ levou a 14 anos de prisão por ‘tentativa de golpe de Estado porque estava junto’. Por que estava junto?
Jornadas de Junho de 2013. Governo Dilma, a humilde e capaz. Governador de SP Picolé de Chchu. Quais as reinvindicações e o que aconteceu. Pré-‘polarização’. Investimentos na saúde, educação, melhora do transporte coletivo (hoje prejudicado por conta de mudança estrutural). Criminalização de todas as formas de corrupção. Responsabilidade fiscal e controle da inflação. Na saúde o governo faz programas band-aid e não resolve a estrutura. Na educação o pais despenca nos rankings internacionais. Na corrupção a Lava a Jato virou pizza via judiciario. Governo gasta como se não houvesse amanha e a inflação esta fora da meta.
Não há como ignorar a crise de 1930 ou os efeitos do Tratado de Versailles. Mas a Republica de Weimar não deu respostas aos problemas. Deu no que deu. Apesar de uma constituição republicana e democratica.
‘Esse afastamento, porém, pode ser perigoso, pois abre espaço para o enfraquecimento das instituições democráticas […]’. ‘Democraticas’ onde? Certo que não vivemos uma democracia direta e seria até inviavel. Mas as decisões no Brasil são tomadas em gabinetes com ar condicionado e empurradas de cima para baixo. As mais importantes na bolha de BSB. É assim ou não é?
‘Muitos se afastam da política por considerá-la corrupta, ineficaz ou distante dos interesses populares.’ Obvio ululante. As pessoas constatam o que é esfregado na cara delas todos os dias. Não aconteceu o desvio no INSS? Mensalão? Petrolão? O Taxad não está aumentando a carga tributaria adoidado? Nunca o governo arrecadou tanto, onde está indo o dinheiro? Solucionou algum problema de forma organizada? Ou é uma ambulancia aqui e uma viatura para a policia acolá? Anuncios diarios de que ‘as coisas no futuro irão melhorar’?