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Morte de D. Ruth. Serra perdeu mais que uma amiga. Se foi uma conselheira independente

Os mais jovens, os que têm menos de 40, não sabem. Inclusive porque essa história não está nos livros. No entanto, um contingente significativo de brasileiros teve que sair do País, durante o regime militar (e ainda tem gente – argh!!! – que acha interessante medidas de “força”). Se ficavam, morriam. Ou eram torturados. Ou impedidos de trabalhar. Ou tudo isso junto. Exemplos existem, basta procurar, aqui mesmo em Santa Maria.

 

Pois foi neste contexto que os então professores Fernando Henrique Cardoso e Ruth Cardoso, e o jovem estudante José Serra se encontram no Chile, exilados. Lá surgiu (ou se ampliou, não sei) uma amizade que São Paulo da repressão impedia. Mas, mais que isso, foi lá que Serra começou a se aconselhar com Dona Ruth, mais até do que FHC, que viria a ser Presidente da República, com o então senador de ministro.

 

Dado esse contexto, que me parece importante, leia nota publicada nesta quinta-feira na coluna “Direto da Fonte”, das páginas d’O Estado de São Paulo. Confira:

 

“A mãe do PSDB

Foi dividindo uma goiaba, na cozinha de seu apartamento em Higienópolis, com seu filho Paulo Henrique – FHC havia saído para dar uma palestra -, que Ruth Cardoso faleceu, ao ser acometida por uma arritmia cardíaca mortal e fulminante, tornando o PSDB órfão por completo. O pai natural do tucanato, Sergio Motta, partiu há 10 anos, em meio à gestão FHC, mudando o rumo do governo federal e abrindo lacuna de liderança, jamais preenchida, dentro do partido.

A mãe do PSDB fará tanta falta quanto. Com a autoridade intelectual e histórica que conquistou durante sua trajetória de vida, era a ela que todos recorriam quando a dúvida batia. A quem, por exemplo, fará perguntas o governador José Serra?

Desprovida de qualquer ânsia de poder ou vaidade, a ex-primeira-dama fez muito pelo País e… nada alardeou. Reservada, pouco emotiva, mas afetiva, Ruth tinha opiniões claras e absolutamente coerentes com suas ações.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas na coluna “Direto da Fonte”, n’O Estado de São Paulo.

 

EM TEMPO: a foto de Dona Ruth é do arquivo da Agência Brasil.

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