O medo – por Elen Biguelini
Continuando o tema da semana passada, trazemos o medo como tema.
Ou melhor, o pavor, o pânico, a ansiedade extrema.
O medo generalizado atacou a todos, por meio de notícias falsas e manipulações de jovens e pessoas desequilibradas. Assim, crianças foram presas por nazismo, grupos inteiros foram descobertos pretendendo organizar atos horrendos, etc.
Em meio a grupos de whastapp e conversas de portão, notícias as mais tenebrosas foram espalhadas. E, não contentes com a anarquia causada, pretendiam outra, na quinta feira passada.
Felizmente, os orquestradores deste horror foram presos, e a polícia passou a prestar mais atenção. Algumas cidades propuseram aumento de patrulhamento enquanto a discussão sobre a permissividade com crimes perpetuados em mídias sociais tomou a boca do povo e do mesmo do governo.
Esperamos que o pior agora tenha passado. Mas, infelizmente, o medo vai continuar a se dispersar por entre pais e mães de crianças de diversos tamanhos.
E é justamente o desejo destes grupos radicais: o caos, a anarquia, a desordem.
Mantenhamos a vigilância, sempre, mas não podemos nos desesperar. Precisamos incentivar o tratamento psicológico das vítimas, e toda a população em geral, que foi ferida por estas circunstâncias. Precisamos valorizar os professores e educadores de nossos filhos. Mas também acompanhar sua participação nas mídias.
Mas além de tudo, precisamos demonstrar nosso amor. Aceitando, acolhendo e ensinando que o bem dos outros é nosso dever e deve também ser nossa alegria. Somos exemplos para as crianças a nossa volta. Se perpetuarmos o ódio, é isso que irão apreender. Se perpetuarmos o terror, a violência, é isso que irão repetir.
Mas se os acalentarmos com aceitação, com bons princípios e com carinho, seremos bons exemplos a serem seguidos.
(*) Elen Biguelini é doutora em História (Universidade de Coimbra, 2017) e Mestre em Estudos Feministas (Universidade de Coimbra, 2012), tendo como foco a pesquisa na história das mulheres e da autoria feminina durante o século XIX. Ela escreve semanalmente aos domingos, no Site.
Medo generalizado onde cara-palida? No mais, o de sempre. Tática ‘Roberto Carlos’, ‘são muitas emoções’. Quase leva a concluir que os Vermelhos não têm neocortex. Só tem sistema reptiliano e sistema limbico.